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Brasil

Polícia Civil do RJ descarta homofobia e pode indiciar Karol Eller e a namorada; entenda o caso

Além dos depoimentos, a delegada teve acesso a câmeras do entorno do quiosque onde ocorreu a briga, na orla da Barra da Tijuca

Redação Jornal de Brasília

19/12/2019 22h54

Atualizada 20/12/2019 2h00

Karol Eller

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) descartou crime de homofobia no caso de agressão sofrida pela youtuber Karol Eller, noticiado em primeira mão pelo colunista Léo Dias, aqui no Jornal de Brasília, na última terça (17).

Nesta quinta-feira (19), após ouvir Karol, sua namorada, o suposto agressor e outras testemunhas, e analisar imagens da confusão no quiosque, a delegada Adriana Belém (PCRJ) concluiu que foi a Karol Eller quem iniciou as agressões, por ciúmes da namorada, uma policial civil.

De acordo com revista Época, a delegada do caso afirmou que o suposto agressor será indiciado por por lesão corporal, e não mais pelo crime de injúria por preconceito. Após nova oitiva de Karol e sua namorada, as duas poderão responder por denunciação caluniosa, porque mentiram em depoimento.

“O que não podemos admitir é que você utilize a delegacia, máquina administrativa do estado, chegue aqui e minta, utilizando de uma causa tão nobre, a vitória dos homossexuais e ela estava aqui banalizando isso e mentindo. Acho triste isso, é uma atitude criminosa e a gente não admite esse tipo de coisa”, disse a delegada.

Depoimento de funcionário do quiosque

Um dos funcionários do quiosque ouvido pela PCRJ nesta quinta-feira (19), afirmou que Karol estava alterada, mexendo em uma arma e que tentou agredir Alexandre da Silva por diversas vezes e ele, Alexandre, pediu para que Karol largasse a arma.

Ainda de acordo com o funcionário, Karol teria desferido socos na namorada, a policial civil Suelen dos Santos, dona da arma que supostamente ela estaria portando.

Em depoimento, o funcionário afirmou que Karol caiu e bateu com o rosto no chão, onde ficou inconsciente.

O vídeo da briga

Segundo a PCRJ, nas imagens é possível ver Karol visivelmente alterada e levantando a camiseta para mostrar ao funcionário do quiosque que não estava armada.

É possível ver, então, Carlos Guilherme, amigo de Alexandre, tentando acalmar a youtuber, porém, Karol parte para cima de Alexandre, que estava na ciclovia. Ainda de acordo com a polícia, Karol deu um soco e puxou Alexandre pela blusa.

Em seguida, os dois caem no chão, e Alexandre a chuta por duas vezes.

O que diz a defesa de Karol

Apesar de informar que não havia tido acesso à documentação do inquérito, a defesa de Karol é enfática em afirmar que não houve agressão mútua.

“O que posso dizer é que não houve agressão mútua. As imagens das lesões que a Karol Eller sofreu pelo agressor falam por si. Não nos foi franqueado acesso ao inquérito policial depois dessa notícia que nos surpreendeu”, disse o advogado Rodrigo Assef.

De acordo com a delegada, a polícia vai investigar se as lesões no rosto de Karol (veja na imagem abaixo), podem ser sido causadas pela queda.

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