A polícia da Escócia busca, no Brasil, dois irmãos que estão no topo da lista de criminosos mais procurados do país. Segundo a corporação, eles estariam escondidos e utilizando identidade falsa em Fortaleza, local onde comandariam um esquema internacional de tráfico de drogas que vai diretamente para a Europa.
Segundo o portal UOL, a polícia oferece uma recompensa de 10 mil libras, o equivalente a cerca de R$ 67 mil, para quem tiver informações sobre o paradeiro de James e Barry Gillespie, de 47 e 43 anos, respectivamente.
“Ambos são considerados muito perigosos, e o público está alertado de que, se os virem, não devem abordá-los”, diz comunicado da polícia escocesa, que classifica os dois como “irmãos Pablo Escobar” do crime no país. “Eles são procurados por graves crimes organizados, como porte de arma de fogo, sequestro, tentativa de assassinato e exportação de drogas da América do Sul para a Europa e para o Reino Unido”, conta ao UOL Michael Lochrie, da polícia da Escócia.
A polícia encontrou diversas evidências de que os dois estejam no Brasil, já que o principal aliado dos irmãos, James White, foi detido em um apartamento de luxo de Fortaleza após mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o portal, preso desde 19 de junho, James é acusado de tráfico de drogas, sequestro, lavagem de dinheiro, homicídio, tráfico de armas e explosivos, formação de quadrilha e outros crimes.
“Sempre tivemos uma forte convicção de que James e Barry, juntamente com James White, passavam longos períodos no Brasil. No entanto, com a prisão de James em junho, e com a apreensão de informações confidenciais, estamos certos de James e Barry estavam em Fortaleza e que eles possivelmente ainda estão. James White é um amigo íntimo e confiável de James e Barry”, afirma Lochrie.
“Por enquanto, não podemos confirmar com 100% de certeza que eles estão cometendo crimes no Brasil, mas é grande a probabilidade de que estejam trabalhando com criminosos brasileiros para enviar drogas do Brasil para a Europa”, diz. Procurada pela reportagem, a PF no Ceará informou que não iria se pronunciar sobre o caso.
