Menu
Brasil

PF deflagra segunda fase da Operação Sarumam e prende gerente da Caixa suspeito de desviar R$ 1 milhão 

Onze mandados judiciais estão sendo cumpridos em Minas Gerais, Goiás e São Paulo 

Redação Jornal de Brasília

16/12/2019 14h13

PF

Foto: Reprodução

Em Operação ‘Saruman’ da Polícia Federal, nesta segunda-feira (16), um gerente da Caixa Econômica Federal foi preso, em Varginha-MG, por suspeita de apropriação financeira indevida após contratos do banco com empresas de segurança privada em agências de Minas Gerais. 

Também foram expedidos dois mandados judiciais de prisão temporária contra empresários que teriam participado do esquema e busca e apreensão de onze documentos em Belo Horizonte, Varginha, Poços de Caldas, Uberaba, Goiânia e Ribeirão Preto. 

O gerente, de acordo com as investigações da PF, teria aproveitado-se da função para receber vantagens pecuniárias indevidas de empresas de segurança privada contratadas pelo banco para prestar serviços a diversas agências. 

Ele ameaçava os empresários de inviabilizar o recebimento de faturas apresentadas para pagamento pelos serviços e recebia valores para permitir irregularidades na execução dos contratos. 

Dentre tais irregularidades, haveria a conivência com empresa investigada que teria falsificado guias de recolhimento de FGTS. A empresa apresentava mensalmente comprovantes bancários de recolhimento de FGTS com autenticações mecânicas falsas, recebendo indevidamente os valores que não teriam sido efetivamente depositados nas contas dos empregados vinculados ao FGTS. 

Com as buscas de hoje, a PF poderá apurar o montante não recolhido e calcular o total apropriado indevidamente. Há suspeitas, ainda, de não recolhimento, nos mesmos moldes, de valores devidos a título de INSS. Estima-se que somente a empresa ora investigada tenha pago em torno de R$ 1 milhão a título de propina para o gerente do banco desde o início do contrato, possibilitando a prestação indevida dos serviços sem incorrer em penalidades ou em rescisão contratual.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, concussão e associação criminosa. Se condenados, poderão cumprir 38 anos de reclusão, além de pagar multa.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado