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Brasil

Pesquisas apontam favoritos em Belo Horizonte e Campo Grande, e disputas em Goiânia e Cuiabá

Alexandre Kalil (PSD) é o líder isolado da disputa em BH e deve receber mais de 62% dos votos, conforme a última pesquisa Ibope, para governar a cidade de 2021 a 2024

Marcus Eduardo Pereira

15/11/2020 11h54

Pela terceira vez desde o início da votação em dois turnos, em 1992, o eleitor de Belo Horizonte deve eleger neste domingo o novo prefeito já no primeiro turno. O atual chefe do executivo municipal, Alexandre Kalil (PSD), é o líder isolado da disputa e deve receber mais de 62% dos votos, conforme a última pesquisa Ibope, para governar a cidade de 2021 a 2024.

Quinze candidatos estão na corrida pela prefeitura da capital mineira. Kalil é um cartola que presidiu o Clube Atlético Mineiro e se elegeu em 2016 afirmando não ser político. Aproveitou ainda o vácuo deixado pelos até então dois principais partidos brasileiros, os rivais PT e PSDB, ambos mergulhados em escândalos de corrupção. As duas legendas e seus aliados do PSB haviam dominado a cena política da capital mineira desde 1988 até aquele ano.

Apesar do discurso, Kalil, antes de disputar a prefeitura, havia sido filiado ao PSB e chegou a ensaiar disputa a deputado federal em 2014. Foi eleito prefeito pelo PHS em 2016 e agora está no PSD, o partido criado pelo ex-ministro Gilberto Kassab.

Ao longo da campanha pela reeleição, os adversários do prefeito utilizaram três frentes para atacá-lo na propaganda eleitoral em rádio e televisão: falta de obras que previnam chuvas como as que atingiram a cidade no início do ano, matando 19 pessoas, ausência de diálogo com os governos estadual e federal e a atuação durante a pandemia de covid-19.

Nenhum dos caminhos surtiu efeito. O principal rival do prefeito na disputa, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), conseguiu fechar a maior coligação na briga pela prefeitura e o maior tempo na propaganda de rádio e televisão. Nas pesquisas, porém, ele chegou no máximo a 8% das intenções de voto. Todos os outros têm no máximo 5%, tanto à direita quanto à esquerda.

A larga vantagem permitiu ao prefeito passar a campanha na estratégia de “jogar parado”. Não participou do único debate de televisão realizado na disputa, pela TV Band, e não foi às ruas pedir votos. Basicamente, fez raras reuniões com representantes de classes. A justificativa da agenda restrita foi a pandemia do novo coronavírus.

Adversários

A maior parte dos outros candidatos, como João Vítor, Áurea Carolina (PSOL), Nilmário Miranda (PT) e Luisa Barreto (PSDB), porém, manteve compromissos intensificados nesta última semana de campanha. Com a disputa praticamente definida, os demais concorrentes e seus partidos procuraram se consolar com possíveis ganhos que poderiam ter nas eleições.

“O partido sairá muito fortalecido. Vamos crescer muito. Estamos disputando eleições importantes em Belo Horizonte, Contagem, Nova lima, Lagoa Santa, Montes Claros, Ipatinga e com chances reais em várias delas. Vamos crescer o número de vereadores e prefeitos no Estado. E aqui, em Belo Horizonte, sairemos mais fortalecidos”, acredita João Vítor.

Também já ensaiando o embate de 2022, mas de olho na eleição presidencial, PSOL e PC do B usaram as campanha para criticar Bolsonaro, que deverá disputar a reeleição. Pelo PSOL, a candidata é a deputada Áurea Carolina, terceira colocada na pesquisa Ibope, com 5%. Pelo PCdoB, Wadson Ribeiro não pontuou. “Vamos intensificar nosso trabalho de base”, diz Zito Vieira, do comando do PC do B em Minas. Áurea Carolina evita falar sobre o período pós-eleitoral deste ano. “A eleição não acabou. Não está definida. Quem define as eleições é a população com seu voto.”

Com a imagem abalada, PT e PSDB tentam seguir com alguma expressão até 2022. Os candidatos Nilmário e Luísa nunca passaram de 2% nas pesquisas. “Nossas projeções são de administrar a cidade a partir do que apresentamos como plano de governo e contribuir para a estrutura partidária se preparar para 2022”, diz a tucana. Nilmário não atendeu a reportagem.

Rodrigo Paiva (Novo), que tem o governador Romeu Zema como principal apoiador, também afirma que o partido sairá mais forte da disputa. “E vamos com muita garra para 2022.” Zema deve disputar a reeleição. O Professor Wendel, candidato do Solidariedade, diz que o partido caminha para participar de um bloco na disputa pelo governo de Minas em 2022. “Vamos tratar tudo com muito equilíbrio e diálogo.” Bruno Engler (PRTB), que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e 4% no Ibope, não atendeu a reportagem.

Goiânia: Mesmo internado, Maguito aparece à frente, mas há empate técnico

Em Goiânia, as pesquisas indicam segundo turno e há um empate técnico, na margem de erro das pesquisas, entre os primeiros colocados. Mesmo internado desde o dia 27 por covid-19, Maguito Vilela (MDB) (foto) ainda aparece à frente, com 33% das intenções de votos válidos, enquanto Vanderlan Cardoso (PSD) surge com 29%, segundo pesquisa encomendada pela TV Anhanguera. A Delegada Adriana Accorsi (PT) aparece em terceiro, com 16%. O restante dos candidatos soma menos de 6% das intenções de votos válidos. O último boletim médico informou que Maguito aumentou a carga dos exercícios de fisioterapia para os músculos da respiração e demais membros.

Atual prefeito de Campo Grande, Trad pode levar no primeiro turno

Com 15 candidatos à prefeitura, Campo Grande tem desde o início da corrida o atual prefeito e candidato à reeleição, Marquinhos Trad (PSD), como favorito. Ele tem 56% nas intenções de votos válidos na última pesquisa Ibope, divulgada em 11 de novembro. Em relação a outubro, o atual prefeito vem avançando. O segundo colocado, Promotor Sérgio Harfouche (Avante), registrou 11% no Ibope. O levantamento foi encomendado pela TV Morena e tem margem de erro de 4 pontos porcentuais.

Podemos e MDB devem ir ao segundo turno em Cuiabá

Com um candidato à reeleição e dois ex-vereadores de oposição liderando a intenção de votos, a disputa pela prefeitura de Cuiabá está praticamente empatada para o 1.º turno Abílio Jr lidera as intenções de votos válidos com 32%, segundo a pesquisa Ibope divulgada na sexta-feira, contra 31% do ex-prefeito Emanuel Pinheiro. A margem de erro é de quatro pontos porcentuais e o nível de confiança da pesquisa é de 95%. A pesquisa foi registrada no TRE do Mato Grosso sob protocolo nº MT-05359/2020.

Republicanos, Cidadania e PT tem empate triplo em Vitória

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.Em Vitória, 14 candidatos disputam a cadeira na prefeitura. Há empate técnico triplo entre Delegado Pazolini (Republicanos), com 27%, Fabrício Gandini (Cidadania), que tem 26%, e o ex-prefeito João Coser (PT), com 26%. A margem de erro da pesquisa Ibope é de 4 pontos porcentuais e o nível de confiança utilizado é de 95%. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, não declarou apoio a nenhum político na capital, mas tem forte ligação com o atual prefeito, Luciano Rezende (Cidadania).

As informações são do jornal O Estado de São Paulo

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