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Brasil

Paraguai expulsa segundo traficante brasileiro, agora do PCC

Agência Estado

22/11/2018 17h33

Reprodução

O Paraguai expulsou, na manhã desta quinta-feira, 22, o criminoso brasileiro Rovilho Alekis Barbosa, o “Bilão”, apontado como importante liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC). Barbosa foi entregue à Polícia Federal brasileira no aeroporto binacional de Itaipu, em Hernandarias, na fronteira, e levado para exames na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR). É o segundo narcotraficante ligado à facções criminosas brasileiras expulso esta semana do país vizinho.

Na segunda-feira, 19, o governo paraguaio mandou de volta para o Brasil o líder do Comando Vermelho, Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo ‘piloto’.

Nos dois casos, a decisão partiu diretamente do presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez e foi comunicada à Embaixada do Brasil. Conforme o ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, a extradição do criminoso havia sido pedido pela Justiça Criminal de Maringá (PR), onde havia sido condenado a 24 anos de prisão por tráfico e lavagem de dinheiro.

“Bilão” foi preso em março de 2017, no prédio em que estava morando, em Ciudad del Este, na fronteira entre os dois países. Ele portava documentos falsos, armas e tinha em seu poder mais de US$ 60 mil, além de dois automóveis.

Conforme a investigação, o dinheiro seria usado para pagar propina a policiais da região. Ele chegou a ter deferida uma ordem de soltura, mas a decisão foi anulada. “Bilão” estava preso na Penitenciária Nacional de Tacumbú, em Assunção, de onde ainda comandaria o tráfico de drogas na fronteira.

O processo de extradição tramitava na justiça paraguaia, mas o presidente não aguardou a decisão final. De acordo com Villamayor, pelo menos 20 criminosos, incluindo outros brasileiros, estão na lista de expulsões. “Vamos expulsar sempre que o país de origem estiver de acordo em recebê-los e processá-los”, afirmou em entrevista.

Ele afirmou que a prioridade envolve criminosos ligados a facções como o Comando Vermelho e o PCC em razão do risco que representam, mas outros processos de expulsão de criminosos estão em análise. “Estes foram primeiro porque são de alta periculosidade, mas cuidamos também de casos de menor risco, que tem menos repercussão”, disse.

Conforme o ministro, em 2018, as autoridades paraguaias receberam 177 solicitações de cooperação jurídica envolvendo presos, das quais 127 foram atendidas.

A expulsão de Marcelo “Piloto” foi acelerada depois que ele foi apontado como o autor do assassinato da jovem paraguaia Lidia Meza Burgos, de 18 anos, durante visita íntima na prisão.

O motivo do crime seria retardar ou evitar o processo de extradição. Também teria pesado o fato de “Piloto” ter denunciado pagamento de propina a autoridades policiais paraguaias. Havia ainda informação de que estava em andamento num grande plano para invasão do presídio e resgate do brasileiro.

Fonte: Estadão Conteúdo

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