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Brasil

Operação no RJ prende suspeitos de movimentar dinheiro na maior milícia do estado

O bloqueio e o sequestro de bens das empresas foi autorizado pela Justiça do RJ. A força-tarefa da operação cumpre mais 11 mandados de busca e apreensão

Aline Rocha

03/07/2019 8h40

Foto: Divulgação/PCERJ

Aline Rocha
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Na manhã desta quarta-feira (3), operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) e do Ministério Público (MP) prendeu seis suspeitos de movimentar dinheiro da maior milícia do estado, a Liga da Justiça. Um dos suspeitos presos é um Policial Militar reformado.

Um dos procurados, Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho e irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, está foragido. Ecko é apontado como chefe do grupo paramilitar conhecido como Bonde do Ecko. Os dois também são considerados foragidos de outras operações.

O bloqueio e o sequestro de bens das empresas foi autorizado pela Justiça do Rio de Janeiro. A força-tarefa da operação cumpre, também, mais 11 mandados de busca e apreensão. Eles afirmam que a milícia lavou dinheiro de suas atividades com o apoio de empresas como a Hessel Locação de Equipamentos Ltda. e a Macla Extração e Comércio de Saibro Eireli.

Os seguintes suspeitos foram denunciados na operação:
Carla dos Santos Alves da Silva, presa;
Clayton da Silva Novaes, PM reformado, preso;
Fabiana Castilho Alves Duque, presa;
Jenilson Simões Gonçalves, preso;
Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, foragido;
Márcio Jacob Hessel, preso;
Sidnei Coutinho Perrut, preso.

Prisões

Clayton da Silva Novaes é policial reformado e foi preso na Baixada Fluminense, no Paracambi, na manhã de hoje (3). O esquema comandado por Zinho e Clayton contava com empresas que faturaram cerca de R$ 42 milhões entre 2012 e 2017, como a empresa de saibro.

Os procurados foram denunciados por organização criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, comerciantes e moradores de locais dominados pela milícia eram ameaçados, além de transportes por vans e sinal pirata de TV a cabo ter tomado conta da região.

De acordo com o MP, a organização criminosa é uma herança de Carlinhos Três Pontes, e tem grupos espalhados na Baixada Fluminense e em outros locais do estado.

A força-tarefa é composta pelo Departamento-geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e a Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do MP. As prisões foram decretadas pelo juízo da 42ª Vara Criminal da Comarca da Capital.

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