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Brasil

Operação da PF combate exploração ilegal de madeiras na Amazônia

A Operação Florestas identificou mais de 91 mil metros cúbicos de madeira serrada que teriam sido “regularizadas” mediante fraude

Aline Rocha

12/07/2019 10h20

FILE PHOTO: Piles of wood are seen during “Operation Green Wave” conducted by agents of the Brazilian Institute for the Environment and Renewable Natural Resources, or Ibama, to combat illegal logging in Apui, in the southern region of the state of Amazonas, Brazil, July 27, 2017. REUTERS/Bruno Kelly /File photo

Aline Rocha
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Nesta sexta-feira (12) a Polícia Federal deflagrou a Operação Florestas de Papel, que busca desarticular esquema de exploração ilegal de madeiras na região amazônica entre 2014 e 2017, envolvendo mais de 20 madeireiras.

70 medidas judiciais estão sendo cumpridas por mais de 150 policiais federais, entre prisões preventivas temporárias, mandados de busca e apreensão e de suspensão de atividade econômica nos estados de Roraima, Mato Grosso, Amazonas, Maranhão e Pará. A expedição dos mandados foi feita pela 4ª Vara da Seção Judiciária de Roraima após representação da Autoridade Policial.

Seis Inquéritos Policiais foram responsáveis por apurar os fatos, com apoio do Ministério Público Federal, e identificaram diversos tipos de fraudes cometidas por empresários para dar aparência de legalidade ao comércio e movimentação de madeiras.

As fraudes aconteciam no SISDOF, sistema do IBAMA responsável por gerenciar a expedição de Documentos de Origem Florestal (DOF), que é a licença obrigatória para controle do transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, como toras de madeira e madeira serrada.

A PF identificou mais de 91.000 metros cúbicos de madeira serrada que teriam sido “regularizadas” mediante fraude. Convertidas em toras de madeira, este quantitativo se aproxima de 260.000 metros cúbicos, ou 120.000 toras, o suficiente para carregar aproximadamente 8 mil caminhões.

Algumas espécies identificadas foram Ipês, Cedros, Maçarandubas, Aroeiras e Jacarandás, dentre outras. No mercado, o valor das madeiras envolvidas na fraude poderia chegar a quase 80 milhões de reais. O esquema utilizava empresas de fachada para conseguir ou utilizar DOFs, os quais eram empregados para “esquentar” madeiras retiradas ilegalmente com a simulação de extração, compra ou venda de madeiras entre as próprias empresas do esquema.

Vinte e duas empresas são investigadas, e vários dos sócios seriam laranjas dos reais proprietários. A maior parte das madeireiras investigadas são localizadas no sul do estado de Roraima.

 

Com informações da PF

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