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Brasil

Ocupados informais somaram 29 milhões na semana de 24 a 30 de maio, diz IBGE

Segundo o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, embora a queda na informalidade seja positiva em tempos normais, em meio à crise provocada pela pandemia de covid-19, a queda nesse contingente é um dado negativo

Redação Jornal de Brasília

16/06/2020 16h23

O contingente de pessoas ocupadas em trabalhos considerados informais somou 29,091 milhões de pessoas na semana de 24 a 30 de maio, segundo os primeiros resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 870 mil pessoas a menos nessas ocupações na comparação com a primeira semana de maio (dos dias 3 a 9), quando foram contabilizados 29,961 milhões.

Segundo o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, embora a queda na informalidade seja positiva em tempos normais, em meio à crise provocada pela pandemia de covid-19, a queda nesse contingente é um dado negativo.

O pesquisador lembrou que, em momentos de crise, o trabalho informal serve como um “colchão” para muitos trabalhadores, que encontram no emprego informal alternativas ao desemprego ou a ficar fora da força de trabalho.

“Em momentos de crise, a informalidade é um colchão amortecedor, evitando que as pessoas saiam da ocupação para o desemprego ou para a subutilização. Em tempos normais, o ideal é que vejamos a informalidade caindo, mas não é o que está acontecendo. A informalidade cai diante de uma crise, em que não há aumento da ocupação”, afirmou Azeredo, em entrevista coletiva online para comentar os dados da Pnad Covid.

A nova pesquisa é uma versão da Pnad Contínua, planejada em parceria com o Ministério da Saúde. A coleta mobiliza cerca de dois mil agentes do IBGE, que levantam informações de 193,6 mil domicílios distribuídos em 3.364 municípios de todos os Estados do País.

Maria Lúcia Vieira, coordenadora de Rendimento e Emprego do IBGE, frisou que a Pnad Contínua segue como a pesquisa oficial sobre o mercado de trabalho brasileiro. Segundo a pesquisadora, a ideia com a Pnad Covid é ter dados coletados mais rapidamente sobre os efeitos sociais da pandemia. Inicialmente, a nova pesquisa seria interrompida após o fim das medidas de isolamento social, mas é possível que seja estendida.

A divulgação desta terça da Pnad Covid inclui os dados das primeiras quatro semanas de coleta, que se estendeu de 10 de maio a 6 de junho, tendo como referência o mês de maio. A partir do próximo dia 26, as divulgações passarão a ser semanais, começando pela semana referente a 31 de maio a 6 de junho.

Estadão Conteúdo 

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