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Brasil

Navio tombado que levava minério da Vale é afundado no mar do Maranhão; Ibama prepara multa

Em cerca de duas horas, o barco desapareceu no oceano. Antes do afundamento, o minério de ferro foi retirado, além de boa parte do óleo que havia no navio

Redação Jornal de Brasília

12/06/2020 17h47

Foto: Reprodução/Marinha do Brasil

O navio cargueiro Stellar Banner, que tombou no mar do Maranhão em fevereiro, com 295 mil toneladas de minério de ferro da Vale, está no fundo mar. Na manhã desta sexta-feira, 12, a Marinha, acompanhada de agentes do Ibama, realizou o processo de afundamento da embarcação, depois de analisar que não haveria condições técnicas de fazer o reboque. Em cerca de duas horas, o barco desapareceu no oceano.

Antes do afundamento, o minério de ferro foi retirado, além de boa parte do óleo que havia no navio. O Ibama avalia agora as punições por danos ambientais causados pelo vazamento de óleo no mar, além do próprio naufrágio da embarcação. Agentes já tinham confirmado o vazamento de 333 litros de óleo no mar, mas esse número pode aumentar após a conclusão das análises técnicas. Ainda não há informações sobre o valor de autuações.

Segundo o Estadão apurou, as investigações comprovaram que o capitão da embarcação cometeu um erro de rota no deslocamento do navio, que bateu em pedras no fundo do mar, causando uma grave avaria no casco. Para evitar o naufrágio iminente, ele tratou de deslocar o barco para um banco de areia, onde a embarcação adernou, mas não chegou a tombar de vez.

O navio, que é de propriedade e operado pela empresa sul-coreana Polaris, foi afundado em águas maranhenses a cerca de 150 quilômetros da costa. O barco, que estava encalhado desde o dia 28 fevereiro, saiu porto de Itaqui e seguiria para o porto de Qingdao, na China.

O Stella Banner estava carregado com cerca de 4 mil metros cúbicos de óleo, ou 4 mil toneladas. Esse óleo é extremamente tóxico e danoso ao meio ambiente. A Sociedade Protection and Indemnity (P&I) emitiu um parecer sobre a retirada dos materiais contaminantes e flutuantes de bordo, documento necessário para o naufrágio forçado.

A embarcação mede 55 metros de largura por 340 metros de comprimento, o que equivale à área de mais de três campos de futebol. O calado do barco (profundidade dentro da água) é de 21,5 metros, uma altura similar à de um prédio de sete andares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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