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Brasil

Não há agora casos suspeitos de coronavírus no País, diz secretário de Vigilância

De acordo com Croda, apenas pacientes que apresentem sintomas que se enquadrem nos parâmetros da OMS serão submetidos ao exame específico

Redação Jornal de Brasília

23/01/2020 13h30

O diretor do departamento de vigilância das doenças transmissíveis do ministério da saúde, Júlio Croda, fala sobre o arenavírus, durante coletiva à imprensa

O secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, afirmou nesta quinta-feira, 23, que não há casos suspeitos de pacientes infectados pelo coronavírus no País. Entretanto, os cinco casos notificados pelos Estados (MG, DF, SP, RS e SC) não foram testados especificamente para identificação deste tipo de vírus.

De acordo com Croda, apenas pacientes que apresentem sintomas que se enquadrem nos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS) serão submetidos ao exame específico.

“Não existe nenhuma indicação de casos que se enquadrem na situação de coronavírus. No Sistema Único de Saúde e no sistema privado nenhuma síndrome gripal é testada para todos os vírus, sempre é testado o mais comum”, afirmou.

Até o momento, Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina notificaram o governo sobre possíveis casos. Os cinco casos, porém, foram descartadas pelo governo federal. Croda afirmou que os Estados têm autonomia para decidir se é necessário prosseguir com exames específicos.

“Se o Estado quiser proceder com testes mais amplo em casos que não se enquadram é até positivo, mostra que está investindo em saúde”, disse.

O Ministério da Saúde instalou um centro de operações de emergência para monitorar a situação de suspeitas do vírus. O governo também notificou aeroportos, portos e fronteiras, via Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que adotem medidas de prevenção da entrada do vírus.

A recomendação é que as equipes de vigilância estaduais fiquem alertas aos casos de pessoas com problemas respiratórios como febre, dificuldade para respirar e tosse. O governo também monitora pessoas que viajaram para áreas de transmissão do local recentemente.

OMS discute nesta quinta-feira emergência global por coronavírus

O comitê de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) está reunido nesta quinta-feira, 23, para decidir se declara ou não emergência de saúde pública de interesse internacional por causa do surto de pneumonia na China provocado por um novo coronavírus. Caso ocorra, será a sexta vez que a entidade aciona a medida, que se baseia no Regulamento Sanitário Internacional (RSI) de 2005.

Segundo a OMS, é declarada emergência de saúde pública de interesse internacional quando um evento com implicações para a saúde pública ocorre de maneira inesperada e supera as fronteiras do país inicialmente afetado, demandando uma ação internacional imediata.

Alerta mundial

Governos de países como Reino Unido, Austrália, Rússia, Cingapura e Turquia adotaram medidas em aeroportos e regiões de fronteira para identificar casos suspeitos de coronavírus.

As medidas incluem a criação de zonas especiais exclusivas para passageiros vindos da China, o uso de câmeras térmicas para identificar pessoas com alta temperatura corporal e, até mesmo, o fechamento de fronteiras.

No Brasil, um caso suspeito foi notificado nesta quarta-feira, 22 pela Secretaria da Saúde de Minas Gerais, mas negado em seguida pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), braço da OMS nas Américas, os coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus que causam doenças que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV).

Os sinais e sintomas da pneumonia indeterminada são principalmente febre, dor, dificuldade em respirar em alguns pacientes e infiltrado pulmonar bilateral.

 

Estadão Conteúdo

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