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Brasil

‘Não estamos em posição de negar vacina’

A biomédica Mellanie Fontes-Dutra, coordenadora da Rede Análise Covid-19 da UFRGS, defende ampliar as opções de vacina

Redação Jornal de Brasília

04/12/2020 13h37

A biomédica Mellanie Fontes-Dutra, coordenadora da Rede Análise Covid-19 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), defende ampliar as opções. “Não estamos em uma posição de negar vacina. Se for viável acordo com a Pfizer, pensando já na parte logística, poderia ser usada para vacinar um grupo específico, como profissionais da saúde ou idosos.”

Julio Croda, pesquisador da Fiocruz, sugere que as campanhas sejam realizadas inicialmente em grandes cidades. Faculdades de Física de universidades em São Paulo, Rio, Pernambuco e Rio Grande do Sul têm instalações com temperaturas abaixo de -70ºC, diz ele.

Paulo Lotufo, professor de Medicina da USP, vê a opção com ressalvas, diante da logística e do custo. “Sobre a Pfizer: ou vende tudo agora ou ninguém vai comprar, porque é uma vacina que precisa de baixa temperatura. A vacina da Moderna tem se mostrado tão eficaz quanto e vai dispensar essa cadeia de frio”, afirma.

Adaptação

Um freezer com temperatura regulável de -50ºC a -86ºC e capacidade de 368 litros custa, em média, R$ 31 mil. O Conselho Nacional de Climatização e Refrigeração, que reúne empresas da área, diz que o setor pode adequar a estrutura e oferecer soluções para qualquer temperatura, até -70°C, “com planejamento e investimento”.

A adaptação seria em refrigeradores maiores e mais potentes. O custo disso fica em torno de 10% a 50% do valor do equipamento.

Os super-refrigeradores consomem cerca de 30% mais energia. A Bahia já faz cotações de freezers. “Estamos montando registro de preço para até 100 unidades de ultracongeladores”, disse o secretário estadual da Saúde, Fábio Villas-Boas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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