Roupa errada, cabelo incômodo e brincadeiras desagradáveis. Era assim que Camila Soares se sentia aos 3 de idade. Ela não gostava de ter o cabelo comprido, odiava brincadeiras de meninas e vestidos. Aos 6, passou a se apresentar como Junior. Apelidos como ‘Maria macho’ eram constantes.
“Não é uma escolha ser transexual. Nasci assim. Meu genital não conversa com meu cérebro”, disse Caio ao jornal Extra. O modelo formado em Educação Física se tornou uma celebridade nas redes sociais. Foi aos 19 anos que o processo de redesignação sexual começou.
Reprodução/Instagram
À publicação carioca, Caio explicou como tudo ocorreu. “Cortei os cabelos, passei a tomar hormônios, ainda faço o tratamento”, conta o modelo, hoje com 23. Na família, a mãe aceitou a transição, mas o pai… ““Ele não me vê há dois anos, não nos falamos e nem sei se já viu foto minha”, conta: “Já me coloquei no lugar dele, mas também já pedi para que meus pais se coloquem no meu, porque é muito difícil nascer assim”.
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Caio está no Rio de Janeiro desde a virada do ano. Ele é natural de Jundiaí, no interior de São Paulo. O sonho dele é ser conhecido e reconhecido. Por isso, se inscreveu ano passado no “Big Brother Brasil”. Este ano perdeu as inscrições. “Mas vou tentar em julho, o programa é a minha cara e sei que daria muito o que falar ter um transgênero na casa, mostrando que somos normais e merecemos respeito como qualquer outro ser humano”, justifica.
O jovem garante que nunca precisou de terapia para ser bem resolvido. Quando chega numa garota, no entanto, não sai contando que é trans. “Por que eu contaria? Se gostar de mim vai ser por mim. Já me achou bonito, ué. Sou mais macho que muito homem”, finaliza.
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