A Universidade de São paulo (USP) e o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) iniciarão a produção em escala de um ventilador pulmonar, batizado de Inspire, que foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de Escola Politécnica (Poli).
O ventilador que pode ser produzido em duas horas tem um custo quinze vezes menor do que os equipamentos que estão no mercado. O ventilador Inspire custa cerca de mil reais para ser produzido.
Segundo o Jornal da USP, a estrutura para produção já foi concluída e a previsão é de que os teste de manufatura do primeiro lote comecem nos próximos dias. A previsão é de que a distribuição dos aparelhos ocorra em cerca de duas semanas.
O CTMSP diz que pode produzir até 50 ventiladores diariamente, podendo ampliar ainda mais o número caso seja necessário.
Com a proposta de oferecer uma alternativa nacional para as emergncias no comabate a pandemia de coronavírus o Inspire foi idealizado em março. Por conta dos problemas respiratórios que os pacientes infectados com o novo coronavírus apresentam os ventiladores pulmonares se tornaram indispensáveis no combate a doença.
Basicamente o equipamento ajuda o pulmão em funcionamento quando o órgão está debilitado ou comprometido, garantindo trocas suficientes de oxigênio e gás carbônico do corpo.
Antes de ser produzido para distribuição em massa, o equipamento passou por quatro pacientes do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP. Durante o experimento eles não apresentam nem um tipo de falha. Mesmo assim, para ser distribuído pelo Brasil, a Anvisa ainda precisa aprovar o uso do ventilador.
A anvisa pode demorar até mais de um ano para emitir todas as documentações necessárias para o produto, mas a equipe coordenada pelos professores Marcelo Zuffo e Raúl Lima deve obter uma aprovação de caráter emergencial por meio de um projeto de pesquisa clínica.
Com testes rápidos e supervisão de médicos o órgão federal autorizou somente a doação do equipamento e vetou sua comercialização.
Licença aberta
Para facilitar a produção e disponibilidade do equipamento no mercado, os ventiladores foram desenvolvidos com uma licença aberta, que significa que qualquer organização pode se apropriar do projeto dos aparelhos sem a necessidade de pagar royalties aos criadores do produto.
Entretanto, é preciso que cada um dos fabricantes obtenha uma licença própria da Anvisa para produzir o ventilador.