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Brasil

Marinha e USP produzirão ventilador pulmonar quinze vezes mais barato

O produto deve obter autorização especial da Anvisa para ser doado pelo Brasil

Redação Jornal de Brasília

12/05/2020 15h55

A Universidade de São paulo (USP) e o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) iniciarão a produção em escala de um ventilador pulmonar, batizado de Inspire, que foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de Escola Politécnica (Poli). 

O ventilador que pode ser produzido em duas horas tem um custo quinze vezes menor do que os equipamentos que estão no mercado. O ventilador Inspire custa cerca de mil reais para ser produzido. 

Segundo o Jornal da USP, a estrutura para produção já foi concluída e a previsão é de que os teste de manufatura do primeiro lote comecem nos próximos dias. A previsão é de que a distribuição dos aparelhos ocorra em cerca de duas semanas. 

O CTMSP diz que pode produzir até 50 ventiladores diariamente, podendo ampliar ainda mais o número caso seja necessário. 

Com a proposta de oferecer uma alternativa nacional para as emergncias no comabate a pandemia de coronavírus o Inspire foi idealizado em março. Por conta dos problemas respiratórios que os pacientes infectados com o novo coronavírus  apresentam os ventiladores pulmonares se tornaram indispensáveis no combate a doença. 

Basicamente o equipamento ajuda o pulmão em funcionamento quando o órgão está debilitado ou comprometido, garantindo trocas suficientes de oxigênio e gás carbônico do corpo.

Antes de ser produzido para distribuição em massa, o equipamento passou por quatro pacientes do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP. Durante o experimento eles não apresentam nem um tipo de falha.  Mesmo assim, para ser distribuído pelo Brasil, a Anvisa ainda precisa aprovar o uso do ventilador. 

A anvisa pode demorar até mais de um ano para emitir todas as documentações necessárias para o produto, mas a equipe coordenada pelos professores Marcelo Zuffo e Raúl Lima deve obter uma aprovação de caráter emergencial por meio de um projeto de pesquisa clínica.

Com testes rápidos e supervisão de médicos o órgão federal autorizou somente a doação do equipamento e vetou sua comercialização.

Licença aberta 

Para facilitar a produção e disponibilidade do equipamento no mercado, os ventiladores foram desenvolvidos com uma licença aberta, que significa que qualquer organização pode se apropriar do projeto dos aparelhos sem a necessidade de pagar royalties aos criadores do produto.

Entretanto, é preciso que cada um dos fabricantes obtenha uma licença própria da Anvisa para produzir o ventilador.

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