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Brasil

Mais de 3,5 milhões com sintomas gripais buscaram atendimento por semana em maio

O número de pessoas que procuraram assistência médica por sintomas gripais semanalmente manteve-se estatisticamente estável ao longo do mês

Redação Jornal de Brasília

16/06/2020 17h28

Úrsula Passos e Diego Garcia
Rio de Janeiro, RJ

Segundo o IBGE divulgou nesta terça-feira (16), estima-se que mais de 3,5 milhões de brasileiros com algum sintoma gripal tenham procurado atendimento médico a cada semana no mês de maio. A primeira Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) foi realizada semanalmente ouvindo, por telefone, 48 mil domicílios em todo o Brasil.

O número de pessoas que procuraram assistência médica por sintomas gripais semanalmente manteve-se estatisticamente estável ao longo do mês. Na primeira semana, de 3 a 9 de maio, foram 3,7 milhões; na segunda, 3,9 milhões; na terceira, 3,8; e na quarta e última, 3,6 milhões.

Na última semana do mês passado, entre os dias 24 e 30, 22,1 milhões de pessoas (ou 10,5% da população brasileira) apresentaram pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal. O IBGE não perguntou sobre diagnósticos e testes do novo coronavírus, mas apenas sobre sintomas sentidos pelas pessoas ouvidas naquela semana e que estão relacionados a síndromes gripais quaisquer.

O instituto diz que as questões relacionadas a testes serão feitas nos próximos meses da pequisa.

Febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular são os sintomas investigados pela pesquisa.

Ao longo do mês, esse número caiu. Na primeira semana (de 3 a 9 de maio), eram 12,7% os que diziam ter apresentado algum dos sintomas gripais. O mais comum entre eles se manteve, ao longo do mês, sendo a dor de cabeça (de 5,8% a 4,9%), seguido pelo nariz entupido ou escorrendo (de 4,9% a 3,9%).

Na última semana de maio, 16,4% daqueles que apresentaram sintomas procuraram um estabelecimento de saúde em busca de atendimento, seja em postos, equipe de saúde da família, UPA, pronto-socorro, hospital, ambulatório ou consultório. Na primeira semana do mês foram 13,7% deles.

Segundo Maria Lucia Vieira, gerente da pesquisa, os dados refletem a mudança nas orientações para busca de ajuda médica. “No início, a orientação era ficar em casa e que só se buscasse atendimento em casos de sintomas graves, mas isso mudou, e as orientações passaram a ser que as pessoas deveriam procurar ajuda logo”, diz ela.

Mais de 80% dos atendimentos médicos foram na rede pública. Para Cimar Azeredo Pereira, diretor do IBGE, os dados reforçam a importância do sistema público de saúde. “É ele que a população busca quando precisa”, diz.

Cerca de 82% dos que relataram sintomas ao longo do mês ficaram em casa e a taxa dos que se automedicaram variou de 55,3% a 58,6% do começo ao fim do mês.

Entre todos aqueles que procuraram o sistema de saúde, na última semana de maio, 11,7% tiveram de ser internados, o maior índice do mês –na primeira e na terceira foram 9,1% e, na segunda, 10,1%.

Entre a primeira e a quarta semana do mês, dos 12 sintomas pesquisados, quase todos apresentaram redução, exceto a febre e a perda de olfato ou paladar, que se mantiveram estáveis.

O Brasil chegou, nesta segunda (15), ao total de 44.118 mortes devido à pandemia do novo coronavírus. São 891.556 os registros de pessoas que foram infectadas com a Covid-19 no país.

O IBGE ainda deve divulgar na próxima semana os dados consolidados do mês.

As informações são da FolhaPress

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