Menu
Brasil

Maia e Alcolumbre falam para Mandetta “tocar o barco” e disputa mundial por máscaras; destaques desta sexta (4)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o aumento no número de casos graves de coronavírus entre pessoas jovens e sem doenças preexistentes

Redação Jornal de Brasília

03/04/2020 19h51

No Distrito Federal já são seis mortes ocasionadas pelo novo coronavírus e mais de 400 casos. E a Covid-19 chegou a Papuda, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) confirmou que um agente penitenciário contraiu a doença. 

No Brasil os presidentes da Câmara e do Senado, Maia e Alcolumbre, aconselharam o ministro da saúde a “tocar o barco” diante as críticas de Bolsonaro a Mandetta. 

A pandemia segue atingindo a Europa fortemente. Na Alemanha foram mil mortes nas últimas 24 horas. 

E o dólar fechou em alta pela sétima semana seguida.  

Confira os destaques do Jornal de Brasília nesta sexta-feira (3):

  • Coronavírus no DF

O DF chegou ao sexto caso de morte por covid-19. A vítima é uma mulher, de 61 anos, que morava no lago sul . Ela foi internada no dia 29/03 e faleceu hoje na UTI do hospital alvorada.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu uma mulher de 41 anos suspeita de produzir e armazenar álcool em gel sem registro, em Taguatinga. 

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) confirmou que um dos agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) que trabalha na penitenciária da Papuda, testou positivo para o coronavírus. Com isso já são dois casos constatados na Papuda.

O secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, afirmou que não falta Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) na rede pública do Distrito Federal. No entanto, ele ressalta que a quantidade de EPIs não é muito alta, então é necessário evitar o desperdício.

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília.

 

  • Coronavírus no Brasil 

O Brasil registrou 9.056 casos confirmados da covid-19, transmitida pelo novo coronavírus. Foram 1.146 novas confirmações nas últimas 24 horas. As mortes pela doença subiram de 299 para 359.

O estado do Mato Grosso registrou a primeira morte por coronavírus durante esta manhã. A vítima é um homem de 54 anos que sofria de hipertensão e diabetes.

De acordo com o site da revista Veja, o presidente Jair Bolsonaro pediu ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que peça demissão do cargo. “O senhor que me demita, presidente”, foi a resposta de Mandetta para Bolsonaro.

O Senado aprovou uma medida aumentando o rendimento de motoristas e entregadores de aplicativo até outubro. O dispositivo foi aprovado, por 49 votos a 27, em um projeto de lei que suspende regras contratuais por causa da pandemia do novo coronavírus. O texto ainda dependerá de análise da Câmara.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse que será usado um aplicativo para celulares para identificar os trabalhadores informais que não estão em nenhum cadastro do governo mas têm direito de receber o auxílio de R$ 600.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a cobrar ações mais efetivas do Poder Executivo e saiu em defesa do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, alvo na quinta de críticas do presidente Jair Bolsonaro. “Com alertas de Mandetta, governo deveria ter organizado melhor (as ações emergenciais para o combate à pandemia do coronavírus no País).”

Maia também defendeu o ministro da saúde garantindo que ele tem o apoio de toda a sociedade – “do parlamento, nem se fala”.

O presidente da Câmara anunciou ainda que existe acordo para concluir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria o chamado “Orçamento de Guerra”.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recém-recuperado da covid-19, ofereceu na noite de ontem (2) um jantar em sua residência oficial, no Lago Sul, em Brasília para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Rodrigo Maia (DEM-RJ), também participou. A intenção, segundo interlocutores, foi a de demonstrar apoio ao colega de partido e pedir a ele para “tocar o barco” no comando da pasta, apesar das críticas que vem sofrendo do presidente Jair Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro reforçou mais uma vez o seu posicionamento contra o isolamento social. Para apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que “a sociedade não aguenta ficar dois, três meses parada” e que “vai quebrar tudo”.

O deputado Federal Alexandre Frota usou suas redes sociais para acusar o presidente Jair Bolsonaro de contratar uma empresária para ir até a porta do Palácio da Alvorada para reclamar da quarentena e das medidas de isolamento social.  

A professora Fátima Montenegro, a mulher que disse estar desempregada e pedindo militares “nas ruas” para que as atividades sociais e econômicas voltassem ao normal e o isolamento fosse suspendido, trabalha vendendo seus cursos online de caligrafia cujos preços variam de R$250 a R$ 697.

O Jornal de Brasília entrou em contato com a mulher, que não respondeu os questionamentos do Jornal. 

Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

 

  • Coronavírus no Mundo 

A Alemanha ultrapassou a barreira das mil mortes em decorrência do coronavírus. Com as 145 vítimas registradas nas últimas 24 horas, o país chegou à marca de 1.017 mortos.

Sem a capacidade para produzir por conta própria máscaras em número suficiente, muitos países ocidentais tentam comprar milhões de protetores, principalmente na Ásia, uma situação que levou diversas nações a ignorar as regras e o ‘fair play’ que vigoram nas negociações em períodos normais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o aumento no número de casos graves de coronavírus entre pessoas jovens e sem doenças preexistentes.

  • Aprovação de Mandetta sobe… de Bolsonaro desce

Nos últimos dias a popularidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, aumentou consideravelmente, ultrapassando o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e da Economia, Paulo Guedes.

Pesquisa da Datafolha revelou que a aprovação dos brasileiros ao Ministério da Saúde, liderado por Mandetta, subiu 21 pontos percentuais (p.p), de 55% na pesquisa anterior, feita entre 18 e 20 março, para 76% na divulgada hoje. 

Já os índices de aprovação de Bolsonaro caíram. 

A reprovação ao governo do presidente da República atingiu 42% em abril, depois de alcançar 36% em março, de acordo com edição extra da “Pesquisa XP com a População”, realizada pela instituição em parceria com o instituto Ipespe. É o maior nível de avaliações ruins ou péssimas desde o início do mandato.

Mais da metade dos brasileiros (51%) julga que Bolsonaro mais tem atrapalhado do que ajudado durante a crise do coronavírus. É o que revela a pesquisa Datafolha.

 

  • Em dia de pessimismo, dólar fecha renovando máxima histórica nominal, a R$ 5,3270

Em dia de pessimismo global, o dólar seguiu a avançar sobre o real, pari passu em relação a moedas de países emergentes. Passou a barreira dos R$ 5,30 e fechou a sessão renovando máxima histórica nominal.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado