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Líder da bancada da bala diz que decretos sobre armas são reequilíbrio de forças

Líder da bancada da bala diz que decretos sobre armas são reequilíbrio de forças

Lindauro Gomes

25/06/2019 11h35

Foto: Reprodução

O líder da bancada da bala na Câmara, Capitão Augusto (PL-SP), quer distribuir 500 cartilhas nesta terça-feira, 25, entre os deputados para tentar convencê-los a votar a favor dos decretos sobre posse e porte de armas do presidente Jair Bolsonaro. No compilado, ele diz que a possibilidade de que cidadãos tenham acesso à arma é inibidor à atuação criminosa. “É, assim, um reequilíbrio de forças, que devolve o direito de defesa à vítima e estabelece uma possibilidade de freio ou receio ao delinquente”, diz o texto da cartilha.

Em 11 páginas, Augusto afirma ainda que a concessão de porte arma prevista nos decretos teve por objetivo permitir às pessoas com profissão de risco ou modo de vida mais arriscado o exercício da legítima defesa.

“Ressalta-se que aqueles cujo porte de arma tenha sido concedido assumem responsabilidades, como o dever de somente utilizar o armamento em situações de defesa própria ou de terceiros”, diz.

Depois de ser barrado pelo Senado, os decretos de Bolsonaro devem ser analisados pela Câmara nesta semana e, mesmo com a pressão da bancada da bala, a tendência é que as medidas também sejam derrubadas pelos deputados.

As mudanças na legislação no que diz respeito ao tema, no entanto, não devem ser totalmente descartadas pelo Congresso Nacional. Com a queda de todo o decreto, os pontos que são constitucionais do texto de Bolsonaro precisarão ser definidos por meio de outros projetos de lei.

Nesta segunda-feira, 24, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou essa tendência. “Mas nós entendemos que existem alguns pontos do decreto que são constitucionais e precisam ser tratados por lei. O Senado deve ter essa iniciativa nesta semana”, afirmou Maia, que disse também que a discussão sobre o tema está sendo feita em conjunto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Os pontos que devem ser tratados pelo Congresso são: o dos colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, e o da posse rural. Este segundo quesito, de acordo com Maia, deve manter a posse de arma para toda a propriedade rural, não apenas a sede. Pela legislação, a posse é o direito de se ter uma arma em casa. Já o porte é o direito de carregar a arma nos deslocamentos, fora da residência.

 

Estadão Conteúdo

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