A fabricante de cerveja Backer divulgou dois laudos, um feito pela Polícia Civil, e outro encomendado pela empresa junto ao Departamento de Química da Universidade de Minas Gerais (UFMG), mostrando que a água utilizada em seu processo de produção não apresentou contaminação por dietilenoglicol.
A Backer é investigada pela Polícia Civil desde janeiro, quando surgiram casos de internações, e depois mortes, de pessoas que teriam consumido a cerveja da marca Belorizontina, que é produzida pela empresa. Relatório divulgado nesta quarta-feira, 5, pela Secretaria de Estado da Saúde registra 30 casos suspeitos de contaminação pela substância, com seis mortes.
Apesar dos laudos, permanece, ao menos até o momento, a ausência de explicações sobre como a substância pode ter ido parar dentro das garrafas. Inspeção do Ministério da Agricultura e Pecuária apontou a presença do dietilenoglicol, e também de monoetilenoglicol, em 41 lotes de cervejas produzidas pela empresa. As duas substâncias são altamente tóxicas e têm uso comum em processos de refrigeração.
Em nota, a Polícia Civil informou que não vai comentar isoladamente nenhum resultado de laudo. O texto diz que “as amostras recolhidas tanto na cervejaria, quanto da empresa química que vendia o monoetilenoglicol, continuam sendo analisadas pelas equipes de peritos do Instituto de Criminalística (IC), de forma criteriosa. Ainda não há previsão para a conclusão da maioria dos laudos. Os que estão prontos já foram disponibilizados para os advogados da empresa, atendendo aos princípios constitucionais e modernos atinentes ao inquérito policial. A PCMG não vão comentar nenhum resultado isoladamente e falará sobre os exames, em momento oportuno, para não atrapalhar os trabalhos”.
Com informações do Estado de S.Paulo