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Brasil

‘Impressão digital’ do vírus zika é decifrada por laboratório em Campinas

Arquivo Geral

29/02/2016 8h10

A “impressão digital” do vírus zika foi decifrada pelo Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, após um trabalho de três meses desenvolvido em conjunto por 20 pesquisadores. Essa descoberta é o ponto de partida para a criação de uma vacina e de medicamentos que impeçam a transmissão do vírus de grávidas contaminadas para bebês.

Um laboratório farmacêutico, cujo nome não foi divulgado, iniciou uma parceria com o LNBio para desenvolver biofármacos e para estudar a viabilidade de uma vacina. Não há previsão para que esses medicamentos ou imunizantes estejam à disposição, mas os trabalhos já começaram. “Qualquer previsão de prazo é feita com base em experiências com outros vírus, mas cada caso é diferente. Podem surgir imprevistos que retardem o desenvolvimento dos medicamentos. Por isso, não estipulamos datas”, disse Kleber Franchini, diretor do LNBio e coordenador da pesquisa.

O laboratório, uma organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que funciona ao lado do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, começou as pesquisas em novembro, após os indícios de que o zika poderia causar microcefalia e outras doenças neurais. O primeiro objetivo foi mapear a estrutura molecular do vírus zika, verificando as diferenças com o da dengue, por exemplo, e identificar como interage com células humanas e seus pontos de conexão.

Bebê

A segunda frente identifica substâncias essenciais para a produção de fármacos, como moléculas que inibem a infecção ou a replicação do vírus, sem danos às células humanas. “O laboratório que está iniciando parceria conosco quer desenvolver um anticorpo monoclonal. Com ele, é possível impedir que o vírus em uma mulher grávida se propague e atinja o bebê”, exemplifica Franchini
O terceiro foco quer identificar com precisão quais são os períodos críticos, quando a exposição ao zika pode associar-se a danos neurais, como a microcefalia. As pesquisas continuam, mas com as informações já obtidas pelos pesquisadores é possível iniciar o desenvolvimento de medicamentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Marcelo Andriotti, especial para AE

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    Arquivo Geral

    29/02/2016 7h46

    A “impressão digital” do vírus zika foi decifrada pelo Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, após um trabalho de três meses desenvolvido em conjunto por 20 pesquisadores. Essa descoberta é o ponto de partida para a criação de uma vacina e de medicamentos que impeçam a transmissão do vírus de grávidas contaminadas para bebês.

    Um laboratório farmacêutico, cujo nome não foi divulgado, iniciou uma parceria com o LNBio para desenvolver biofármacos e para estudar a viabilidade de uma vacina. Não há previsão para que esses medicamentos ou imunizantes estejam à disposição, mas os trabalhos já começaram. “Qualquer previsão de prazo é feita com base em experiências com outros vírus, mas cada caso é diferente. Podem surgir imprevistos que retardem o desenvolvimento dos medicamentos. Por isso, não estipulamos datas”, disse Kleber Franchini, diretor do LNBio e coordenador da pesquisa.

    O laboratório, uma organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que funciona ao lado do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, começou as pesquisas em novembro, após os indícios de que o zika poderia causar microcefalia e outras doenças neurais. O primeiro objetivo foi mapear a estrutura molecular do vírus zika, verificando as diferenças com o da dengue, por exemplo, e identificar como interage com células humanas e seus pontos de conexão.

    Bebê

    A segunda frente identifica substâncias essenciais para a produção de fármacos, como moléculas que inibem a infecção ou a replicação do vírus, sem danos às células humanas. “O laboratório que está iniciando parceria conosco quer desenvolver um anticorpo monoclonal. Com ele, é possível impedir que o vírus em uma mulher grávida se propague e atinja o bebê”, exemplifica Franchini

    O terceiro foco quer identificar com precisão quais são os períodos críticos, quando a exposição ao zika pode associar-se a danos neurais, como a microcefalia. As pesquisas continuam, mas com as informações já obtidas pelos pesquisadores é possível iniciar o desenvolvimento de medicamentos.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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