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Brasil

Homem jovem tem probabilidade 42% maior de fazer ultrapassagens de risco

100 voluntários foram convidados a realizar testes em um simulador de direção capaz de reproduzir virtualmente qualquer tipo de rodovia

Redação Jornal de Brasília

10/12/2020 12h10

De acordo com um estudo realizado na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), homens de 18 a 25 anos têm probabilidade 42% maior de realizarem manobras de ultrapassagem arriscadas. É considerado ultrapassagem de risco aquela realizada em pista simples, o trecho mais perigoso das rodovias. Os dados são consoantes com os registro de óbitos em colisões frontais, que registram, em sua maioria, vítimas jovens do sexo masculino.

O Departamento de Engenharia de Transportes da Escola de Engenharia, sob a coordenação da professora Ana Paula Camargo Larocca realizou o trabalho com o apoio da Fapesp.

Ao todo, 100 voluntários participaram da pesquisa e foram convidados a realizar testes em um simulador de direção capaz de reproduzir virtualmente qualquer tipo de rodovia de forma realista.

Além das três telas e de vários outros dispositivos para aumentar a imersão, o simulador também contou com a presença de quatro câmeras com um software que acompanha o olhar dos motoristas e avalia se os condutores estão observando sinalizações e objetos durante o caminho.

A máquina simulou uma rodovia de pista simples com mão dupla e os motoristas deviam realizar a ultrapassagem no momento que julgassem adequado.

“A pesquisa comprovou que jovens do sexo masculino tendem a se arriscar mais neste tipo de ultrapassagem perigosa. Observamos que eles colavam bastante na traseira do veículo da frente e realizavam várias tentativas malsucedidas de ultrapassagem, tendo que retornar à posição de origem. Muitas vezes eles faziam ultrapassagens enquanto um veículo vinha no sentido oposto, ao contrário das mulheres, que esperavam o carro passar. Esse comportamento mais agressivo dos homens dessa faixa etária pode ser explicado por um maior excesso de confiança, que acaba elevando o risco da condução, tanto é que eles fazem parte do grupo que mais se envolve em acidentes”, explicou a pesquisadora.

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