Cinco anos após matar a esposa, a bancária Talita Juliane Peixoto Paixa, a marteladas, o analista de sistemas Mario Henrique Rodrigues Lopes está solto. O crime aconteceu em junho de 2013, no apartamento do casal, no Rio de Janeiro, um mês depois do casamento.
Em setembro de 2014, a Justiça absolveu o agressor, uma vez que ele foi diagnosticado com doença mental psicótica. Com isso, Mario foi considerado inimputável, ou seja, não pode responder criminamente pelos seus atos.
Depois de permanecer três anos em tratamento em um hospital psiquiátrico, o acusado voltou às ruas.
A mãe de Talita, Luze Maria Peixoto Florêncio, de 59 anos, não acredita no diagnóstico do agressor. Após o crime, a aposentada entrou em depressão e ficou dois anos sem conseguir sair de casa.
“Antes do casamento, nunca havíamos sido informados sobre qualquer problema. Isso é algo que não se esconde. É estranho. Nunca mais encontrei o Mario. Fiquei dois anos praticamente dormindo, tomando remédios. Quando acordei, não o vi mais”, desabafa.
Herança
Em dezembro de 2016, a 4ª Vara de Órfãos e Sucessões declarou Mario Henrique indigno de receber a herança de Talita Juliane.
Mesmo assim, em outubro de 2017, a família da vítima moveu um processo para tirar o direito de Mario sobre a herança deixada por Talita. O analista de sistemas, porém, alegou que, por sua “condição de desempregado”, não poderia pagar os honorários do advogado.
Declarações
A mãe da vítima posta constantemente fotos da filha, assassinada aos 24 anos, em seu perfil no Facebook. No último dia 24 de março, Luze publicou uma foto da filha vestida de noiva com a seguinte legenda: “Meu amor, essa foi a última vez que nos vimos aqui nessa Terra. Daí a duas horas você viajou para a lua de mel. Quando chegou, não fui a sua casa para não atrapalhar a tua felicidade. Uma semana nos falando por telefone… Falei com você às 22h, e no outro dia a notícia que ele te matou e fugiu… Morri naquele instante”.
