Da Redação
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Um item do cardápio de uma lanchonete em São Paulo causou polêmica nas redes sociais. A hamburgueria Kau, no município de Salto, batizou um sanduíche de “Maria Da Penha”. No menu, o estabelecimento faz um trocadilho com um dos ingredientes: “repolho roxo“. O hambúrguer ainda leva bacon, alho-poró e muçarela.
A hamburgueria compartilhou a criação nas redes sociais e não demorou muito para os internautas lotarem os comentários de críticas. Depois disso, o sanduíche mudou de nome. Primeiro, virou “Vixe! O polêmico”. A repercussão negativa não acabou, e então o nome passou para “Censurado”.
“Tiramos a página da Kau e o perfil do Instagram do ar, devido a ataques virtuais – para mim, é quase um vírus, onde o que importa é o engajamento e não a solução dada – que pensam que os meios justificam seus fins. Me cobram respeito, e o que menos demonstram, é o requerido”, informa uma postagem do estabelecimento.
Maria da Penha
Mulher que batiza a lei que pune a violência doméstica, a farmacêutica cearense Maria da Penha foi vítima de agressões do marido e se tornou símbolo da luta contra o problema. A legislação entrou em vigor em 2006.
Na semana passada começou a campanha 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. A campanha da ONU foi criada em 25 de novembro de 1991, dia escolhido como homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, assassinadas em 1960 por se posicionarem contrárias ao regime do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.
A cor laranja remete à campanha. Por isso, a iluminação externa do Palácio do Buriti foi alterada desde sexta-feira (23). O objetivo é chamar a atenção da sociedade para fatores que naturalizaram a agressão contra mulheres.