Alvo das maiores especulações quanto ao seu futuro nos bastidores da Fórmula 1, o piloto Kimi Raikkonen deu uma pista, ontem, de que suas opções se resumem basicamente a três equipes, incluindo a possibilidade de permanecer na McLaren e correr ao lado de Fernando Alonso, já contratado para 2007. Os outros dois times são Renault e Ferrari.
Enquanto a imprensa européia vem dando como certa sua ida para a escuderia italiana, o finlandês deixa a dúvida no ar. "Eu não creio que será uma grande surpresa a minha decisão. Existem somente três times nos últimos três anos que têm se mostrado competitivos", afirmou Kimi, ontem, em Nürburgring, local da quinta etapa do Mundial 2006, o GP da Europa, neste domingo. "Eu vou decidir onde eu terei o melhor carro, mas nunca se pode saber isso com certeza. Você só pode torcer para que a decisão tenha sido certa", completou.
O desejo da McLaren é que Raikkonen fique para formar dupla com Alonso. Por sua vez, a Ferrari está esperando a decisão de Michael Schumacher, que ainda não revelou se vai se aposentar, continuar na escuderia italiana ou mudar de time. A outra opção de Raikkonen seria a Renault. Porém, o chefe da equipe, Flávio Briatore, já deu a entender que os titulares para 2007 serão o italiano Giancarlo Fisichella e o finlandês Heikki Kovalainen, que hoje é reserva do time.
Ide se despede
Responsável por grandes trapalhadas na atual temporada, Yuji Ide não é mais titular da Super Aguri. Após as recomendações e as advertências dadas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a escuderia confirmou ontem a saída do japonês. O francês Franck Montagny, ex-piloto de testes da Super Aguri, foi efetivado no cargo de titular.
"A FIA recomendou que Ide treinasse mais com um carro de Fórmula 1 e nós aceitamos, colocando-o como piloto de testes. Gostaríamos de ter dado mais tempo para ele se adaptar ao carro antes do início da temporada, mas como a equipe foi criada em tão pouco tempo, não foi possível", disse o diretor da escuderia, Aguri Suzuki.
Na última prova, o GP de San Marino, Ide provocou um acidente envolvendo o holandês Christijan Albers (Midland), que capotou diversas vezes, mas saiu ileso.
Os demais pilotos aprovaram a decisão da FIA. "Em Mônaco poderia ser desastroso. Ele é um cara legal, mas estava muito lento e rodava demais, então nunca se sabia se ele poderia rodar na sua frente", declarou Kimi Raikkonen. "Sem julgar a pilotagem de Ide, não acho que vai mudar muito se ele treinar mais", opinou Nick Heidfeld.
Insatisfação com o treino
A associação de pilotos da F-1 e os chefes das escuderias têm uma reunião marcada para a semana que vem, em Barcelona (Espanha), para expressar a insatisfação com o atual sistema utilizado para a formação do grid de largada nas corridas.
O novo formato contou com apoio quase unânime, com exceção da terceira e última parte do treino, com 20 minutos de duração, em que os dez melhores pilotos se dedicam apenas a rodar em um ritmo bastante lento, para queimar combustível, antes de buscarem seus melhores tempos. Agora, os pilotos consideram necessária a realização de mudanças no sistema.
"Michael Schumacher e eu nos reuniremos para discutir como os pilotos gostariam de ver modificado o sistema de qualificação", declarou o britânico David Coulthard (Red Bull), representante da classe.
