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Brasil

Fundos de investimento exigem que o Brasil adote medidas para proteger a Amazônia

Somados, esses fundos gerem o equivalente a 9,5 vezes do valor do PIB brasileiro de 2018

Aline Rocha

18/09/2019 16h10

Da Redação
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Em comunicado conjunto, 230 fundos de investimento responsáveis por administrar US$ 16 trilhões (R$ 65 trilhões), exigem que o Brasil a adote medidas eficientes para proteger a Amazônia contra o desmatamento crescente.

“Estamos preocupados com o impacto financeiro que o desmatamento pode ter sobre as empresas investidas, aumentando potencialmente os riscos de reputação, operacionais e regulatórios. Considerando o aumento das taxas de desmatamento e os recentes incêndios na Amazônia, estamos preocupados com o fato de as empresas expostas a desmatamento potencial em suas operações e cadeias de suprimentos brasileiras enfrentarem uma dificuldade crescente para acessar os mercados internacionais”, diz a nota divulgada nesta quarta-feira (18).

“Como investidores, que têm o dever fiduciário de agir no melhor interesse de longo prazo de nossos beneficiários, reconhecemos o papel crucial que as florestas tropicais desempenham no combate às mudanças climáticas, na proteção da biodiversidade e na manutenção dos serviços ecossistêmicos”, diz o texto, subscrito por fundos de 30 países.

“O desmatamento na região pode potencialmente aproximar perigosamente todo o ecossistema de um ponto de inflexão, após o qual a floresta tropical não será capaz de se manter, gradualmente se transformando em um sistema mais parecido com a savana, muito mais seca, menos biodiversa e que armazena significativamente menos carbono”, afirma o texto.

Por outro lado, os fundos de investimento elogiaram duas iniciativas do setor privado brasileiro, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Em comunicados recentes, ambos criticaram o desmatamento sem controle.

Somados, esses fundos gerem o equivalente a 9,5 vezes do valor do PIB brasileiro de 2018.

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