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Brasil

Fortes chuvas e deslizamentos deixam ao menos 30 mortos em Minas Gerais

O número anterior era de 164,2 milímetros em 14 de fevereiro de 1978. As marcas envolvem 110 anos de medições

Redação Jornal de Brasília

25/01/2020 23h10

Subiu para 30 o número de mortos em decorrência das fortes chuvas que atingem Minas Gerais – sete pessoas ficaram feridas e 17 continuam desaparecidas. Parte das vítimas foram soterradas depois de desabamentos de residências. Entre a quinta-feira, 23, e a sexta, 24, foi registrado em Belo Horizonte recorde do volume de chuvas em 24 horas: 171,8 milímetros. O número anterior era de 164,2 milímetros em 14 de fevereiro de 1978. As marcas envolvem 110 anos de medições.

Há previsão de mais chuvas neste sábado na capital e em cidades já atingidas pelas tempestades no interior. As buscas por desaparecidos seguem ocorrendo nos municípios de Contagem, Betim e Ibirité, além da capital Belo Horizonte. No interior, em cidades como Matipó e Manhuaçu, ambas na Zona da Mata, há relatos nas redes sociais de inundação e pessoas ilhadas.

Dois bombeiros foram soterrados nesta sexta-feira, 24, durante buscas a vítimas em Betim, na Grande Belo Horizonte. Ambos foram resgatados por colegas, encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro XXIII, na capital, e liberados durante a madrugada deste sábado, 25. A capital e a região metropolitana são as áreas mais atingidas. Onze das 30 mortes aconteceram em cidades da Grande Belo Horizonte, de acordo com o divulgado até agora:

  • 2 em Belo Horizonte;
  • 1 em Contagem;
  • 4 em Betim;
  • 4 em Ibirité.

O Corpo de Bombeiros informou que 36 cidades do Estado registram neste sábado vítimas e danos por causa das chuvas. Há ainda 2 554 desalojados, 791 desabrigados e sete feridos, segundo informações do coronel Rodrigo Rodrigues, chefe do Gabinete Militar do governo do Estado e coordenador da Defesa Civil em Minas.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Edgar Estevão, afirmou que as buscas por desaparecidos podem sofrer paralisações ao longo do dia por causa do encharcamento do terreno. “Temos risco para as próprias guarnições. Em alguns momentos, os trabalhos precisam ser suspenso para avaliação”, disse, citando o caso dos dois bombeiros atingidos por deslizamento em Betim enquanto procuravam por soterrados. “Estavam chegando à vítima que procuravam”, acrescentou.

Os bombeiros informaram ainda que as buscas não podem contar, ao menos por enquanto, com helicópteros, por causa do teto baixo, ou seja, pela grande concentração de nuvens em baixa altitude sobre as regiões sobretudo no interior atingidas pelas chuvas. “Estamos chegando por terra”, afirmou.

Estadão Conteúdo

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