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Brasil

Ex-secretário de Saúde do RJ, Edmar Santos, é preso

Investigações apontam para o superfaturamento na aquisição de respiradores através de contratos firmados sem licitação

Redação Jornal de Brasília

10/07/2020 9h06

O ex-secretário de Saúde Edmar Santos foi preso, na manhã desta sexta-feira (10), por suspeita de cometer irregularidades nos contratos de Saúde do Rio durante a pandemia do novo coronavírus. O acusado responderá por peculato e organização criminosa.

As investigações apontam para o superfaturamento na aquisição de respiradores através de contratos firmados sem licitação. Ainda segundo as investigações, o governo do Rio de Janeiro gastou R$ 1 bilhão em contratos emergenciais.

O Ministério Público (MP) deflagrou a operação e prendeu o acusado em sua residência, localizada em Botafogo-RJ, por volta das 7h50. Além do ex-secretário, a polícia investiga outros sete acusados de improbidade administrativa.

Foi determinado a apreensão cautelar dos bens do acusado, até o valor de R$ 36.922.920,00.  De acordo com o MP, essa quantia é equivalente aos recursos públicos desviados nas ações fraudulentas. O sigilo bancário de Edmar já havia sido quebrado na semana passada, por determinação da Justiça.

A ação faz parte da Operação Mercadores do Caos, que também cumpre mandados de busca e apreensão na outra casa de Edmar, localizada em Itaipava. A Justiça também emitiu mandados de extração do conteúdo armazenado nos materiais apreendidos, como telefones celulares, computadores e pen drives, inclusive de registros de diálogos telefônicos ou telemáticos, como mensagens SMS ou de aplicativos como WhatsApp.

O governador Wilson Witze determinou a exoneração de Edmar Santos no dia 17 de maio. Além do desgaste gerado pelas denúncias dirigidas ao ex-secretário, vários equipamentos de saúde sofreram atrasos na entrega. Além disso, durante as investigações, os promotores estimam que o governo do Rio comprou  411 equipamentos a mais que o necessário.

Foi revelado, pelo Ministério Público, que Edmar seria o responsável por definir a quantidade de respiradores que seriam comprados. O ex-subsecretário Gabriell Neves era responsável pelas contratações com dispensa de licitação. Gabriell está preso desde o dia 7 de maio, por peculato e organização criminosa.

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