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Brasil

Professor inova e faz ‘CSI’ em sala de aula para alunos desvendarem ‘crimes’

Arquivo Geral

13/10/2016 10h03

Erivaldo Junior/Arquivo Pessoal/Reprodução/G1

Um professor de ciências biológicas chamou a atenção por sua metodologia empregada na sala de aula. O gosto dos estudantes de 14 anos por programas de TV como o CSI – Crime Scene Investigation fez o docente levar o tema para a sala de aula, desafiando os alunos a resolverem os “homicídios” cenográficos. O caso ocorreu em uma escola de Jundiaí, em São Paulo.

“A ideia surgiu quando comecei a discutir sobre o corpo humano, dentro do conteúdo curricular, onde quis investigar os conhecimentos prévios que os alunos tinham sobre os órgãos e os sistemas que formam o nosso corpo. Fiz perguntas para eles – como, por exemplo, em qual lado do corpo humano fica o fígado – e, para minha surpresa, muitos alunos tinham uma boa noção sobre a anatomia humana por serem fãs ávidos de séries como ‘CSI’, ‘Dr House’, ‘Monk’ e ‘Law & Order'”, contou o professor Erivaldo Ribeiro Júnior em entrevista ao portal G1.

Segundo ele, a proposta até causou uma certa estranheza de início, mas logo caiu no gosto dos estudantes. “O objetivo era conhecer o corpo humano e desenvolver habilidades de observação e crítica”, diz. Para a criação dos cenários, os alunos usaram dicas do professor e o que viram na televisão.

Erivaldo Junior/Arquivo Pessoal/Reprodução/G1

Erivaldo Junior/Arquivo Pessoal/Reprodução/G1

A cena é enriquecida com lupas, microscópio, corda, algodão, sangue falso e perucas para a construção das vítimas. Em cada aula, uma equipe apresenta um crime que deve ser investigado por outro grupo, com entrevistas, coleta de pistas e análise dos corpos.

O objetivo é que os alunos preencham um questionário e apresentem a identidade da vítima, os motivos da morte e como o crime teria ocorrido, além de explicar como poderiam testar as hipóteses e as evidências encontradas.

“Na área de Ciências Biológicas, já estamos acostumados a tratar de assuntos polêmicos, como o aborto, a eutanásia, clonagem, sexualidade, origem da vida, evolução humana, entre outros temas. Esse foi mais um desafio que valeu a pena”, diz Júnior ao G1 ao afirmar que a proposta também contou com ajuda de professores de disciplinas como geografia, língua portuguesa, história, artes e educação física.

O projeto teve duração de dois meses e, ano que vem, deve ser realizado em um período maior e espalhado por outras disciplinas da grade curricular.

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