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Brasil

Estácio abre e Portela fecha os desfiles no Rio

O desfile começou retratando a pedra como o primeiro livro da humanidade, com um carro abre-alas sobre a pré-história

Redação Jornal de Brasília

24/02/2020 7h37

A Estácio de Sá abriu o primeiro dia de desfiles do grupo especial na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, na noite deste domingo (23), com um samba sobre a pedra.

A escola está de volta à primeira divisão do Carnaval carioca depois de três anos na série A, da qual foi campeã no ano passado.

O grande destaque da agremiação neste ano foi a contratação da carnavalesca Rosa Magalhães, que completa 50 anos de avenida. Para montar o enredo, ela se inspirou no poema modernista pioneiro de Carlos Drummond de Andrade, “No Meio do Caminho”.

O desfile começou retratando a pedra como o primeiro livro da humanidade, com um carro abre-alas sobre a pré-história.

O enredo vai passar pelos dois lados da mineração, com o desenvolvimento de Minas Gerais e o garimpo de Serra Pelada (PA). E vai terminar com o recado de que, sem preservação, a Terra pode ficar árida como a Lua.

Viradouro

Com o enredo Viradouro de Alma Lavada, a escola homenageou a história das ganhadeiras, o carro abre-alas, O Prelúdio das Águas, é o maior da história da Viradouro. 

A ala das baianas entrou na avenida com fantasias luxuosas e símbolos religiosos, Raissa Machado, rainha de bateria da Vermelha e Branca, brilhou com fantasia rica em detalhes.

Lorena Improta veio à frente do terceiro carro da escola. A alegoria, inclusive, conta como destaque a cantora Margareth Menezes 

 Mangueira

A verde rosa foi a terceira escola a desfilar na primeira noite do Grupo Especial do Rio.  A Estação Primeira de Mangueira, atual campeã, fez uma reflexão sobre a situação do Brasil. Com cerca de 4 mil componentes e escola entrou na avenida e em seu abre alas trouxe a reprodução de animais e anjos.

 

O nascimento de Jesus foi tema do segundo carro da escola, o luxo foi a marca do desfile mangueirense.

Paraíso do Tuiuti 

Homenageando Dom Sebastião, ex-Rei de Portugal, com o enredo O Santo e o rei: encantarias de Sebastião a escola entrou na Marquês de Sapucaí.

A comissão de frente trouxe como inspiração a “devoção” e reproduziu a comunidade e as festas religiosas mais importante para a a comunidade.

A ala das baianas da escola representou a devoção do “sagrado amor ao samba”. As fantasias destacaram as cores da agremiação: amarelo ouro e azul pavão.

Lívia Andrade, que estreia no carnaval do Rio, brilhou como rainha de bateria da escola.

O carro alegórico trouxe a Velha Guarda da Paraíso do Tuiuti. A alegoria contou com muitas cores e luzes.

Grande Rio

A Grande Rio enfrentou dificuldades em seu desfile. O carro abre-alas enfrentou problemas para entrar na avenida e pode comprometer a nota final da escola. A apreensão tomou conta dos 3 mil componentes da escola.

A escola trouxe em seu enredo a história de Joãozinho da Golmeia. O abre-alas, dividido em duas partes, explorou as raízes afro-ameríndias do homenageado.

Monique Alfradique, com a fantasia Cores da Noite, brilhou como destaque de chão.

Paolla Oliveira, rainha de bateria da Grande Rio, surgiu fantasiada de Cleópatra. A fantasia da estrela representou o luxo e a riqueza do Antigo Egito.

A Grande Rio teve a participação de muitos famosos. Paolla Oliveira, Luísa Sonza, Adriana Bombom e o ator Pedro Carvalho foram alguns dos destaques do desfile.

União da Ilha

Sexta escola da noite, a União da Ilha do Governador, dos carnavalescos Fran-Sérgio, Cahê Rodrigues e Laíla, abordou os problemas e dificuldades da vida, com o enredo Nas encruzilhadas da vida, entre becos, ruas e vielas, a sorte está lançada: Salve-se quem puder.

A comissão de frente da escola, sob o comando de Leandro Azevedo, exaltou a importância da educação para diminuir as desigualdades sociais. A figura de uma mãe grávida foi utilizada como elemento cenográfico da comissão.

As baianas simbolizaram as lavadeiras, senhoras que sobem e descem o morro diariamente carregando trouxas de roupas.

A União da Ilha impressionou o público com o tamanho do abre-alas. O carro alegórico contou com três módulos. O primeiro mostrou o interior de uma moradia na favela. Enquanto que os dois últimos representaram a diversidade de uma grande comunidade.

Gracyanne Barbosa encantou como rainha de bateria da União da Ilha.

A escola correu contra o tempo para não estourar o tempo, mesmo com problemas, especialistas avaliaram que os revezes não comprometeu o desfile da escola.

Portela

22 vezes campeã, Portela, trouxe à Sapucaí a história dos originais da terra do Rio de Janeiro antes da chegada dos portugueses. O enredo Guajupiá, terra sem males, vai explicar o significado e relevância do local para os indígenas.

A comissão de frente representou a honra Tupinambá. O abre-alas trouxe a águia, símbolo da escola de samba. Monarco, presidente de honra, foi um dos destaques da alegoria.

Por desfilar de manhã, escola apostou em cores vivas em quase todas as alas e alegorias. O público presente na Sapucaí entrou na avenida e, empolgado, segue a Portela rumo ao final do desfile.

 

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