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Brasil

Escolas de samba do Rio só desfilarão se houver vacina contra a covid-19

Hipótese de adiar os desfiles para os feriados da Semana Santa ou Corpus Christi é estudada. Nesta terça (14), representantes se reúnem

Redação Jornal de Brasília

14/07/2020 9h10

Foto: DIEGO MARANH?O/AM PRESS & IMAGES/ESTADÃO CONTEÚDO

As escolas de samba do Rio de Janeiro Mangueira, Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel, Beija-Flor e São Clemente prometem só desfilar em 2021 se houver vacina contra a covid-19 no Brasil. A informação é do jornal Extra.

Nesta terça-feira (14), representantes destas e de outras escolas se reúnem na sede da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) para tratar do assunto. Já levantou-se a hipótese de adiar a data para depois de fevereiro, mas a ideia não agrada as escolas citadas acima. Outra possibilidade seria transferir os desfiles para os feriados da Semana Santa, em abril, ou de Corpus Christi, em junho.

“Sem vacina, é inviável realizar o carnaval em qualquer data, seja em fevereiro ou junho. Hoje, as decisões judiciais têm muita força. Há o risco de fazermos investimentos altos e, lá na frente, o contágio voltar a subir e a Justiça determinar a suspensão”, comenta o presidente da Vila Isabel, Fernando Fernandes, ao Extra.

“O carnaval é um evento de aglomerações, da produção à realização na Sapucaí. Como seria? Componentes a dois metros de distância? Cantando com máscaras no rosto?”

Para o presidente da Mangueira, Elias Riche, o momento é de concentrar esforços na luta contra o vírus. “Como ficaria a consciência de um dirigente caso acontecesse a morte de, por exemplo, 50 componentes que tenham desfilado na sua escola?”, pergunta.

Oito escolas do Grupo Especial já têm enredo

Das 12 escolas do Grupo Especial, oito já divulgaram os enredos. A Viradouro, atual campeã, vai contar o carnaval carioca de 1919, conhecido como o maior do século passado, quando a população foi às ruas para comemorar o fim da gripe espanhola. Já a Paraíso do Tuiuti levará uma mensagem de proteção aos animais com o enredo “Soltando os bichos”, na volta do carnavalesco Paulo Barros à escola após 18 anos.

Na Mocidade e na Grande Rio, dois orixás serão temas centrais: Oxossi na escola de Padre Miguel, com “Batuque ao caçador”, e Exu na agremiação de Caxias, com “Fala, Majeté! Sete chaves de Exu”. A Vila Isabel fará homenagem a Martinho da Vila; a Portela contará a história dos baobás, as gigantescas árvores originárias da África; e a Beija-Flor quer enaltecer as glórias dos negros com “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”. Já o Salgueiro, com “Resistência”, vai falar da luta dos negros para preservar a cultura e a fé.

São Clemente, Mangueira, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense ainda não divulgaram os enredos a serem levados para a Sapucaí.

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