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Brasil

Doria: governo suspenderá conta de água da Sabesp dos que pagam tarifa social

A medida deve atingir 506 mil famílias. Segundo Doria, a medida visa proteger “as pessoas mais pobres, vulneráveis e desvalidas”

Redação Jornal de Brasília

19/03/2020 14h15

Imagem: Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) irá suspender a cobrança da tarifa social para todo o Estado em função da crise causada pelo novo coronavírus. Segundo anunciou, a tarifa não será cobrada a partir de abril pelo prazo de 90 dias.

A medida deve atingir 506 mil famílias. Segundo Doria, a medida visa proteger “as pessoas mais pobres, vulneráveis e desvalidas”.

O governador também disse, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, que o Estado não deve atender os setores essenciais do funcionalismo público, que pedem que funcionários acima de 60 anos sejam dispensados de suas atividades. Segundo Doria, profissionais da rede estadual de saúde, da segurança pública, da Sabesp, da Companhia de Engenharia e Tráfego de São Paulo (Ctesp) e do sistema penitenciário deverão continuar com os trabalhos.

A medida também foi adotada pelo prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), que reiterou que as áreas de segurança e saúde não podem sofrer baixas nas atividades. “O serviço que eles prestam é essencial e não podemos abrir mão”, disse o prefeito.

Fora do campo dos serviços considerados essenciais, Doria disse que antecipará as férias para os professores e gestores que atuam na rede estadual de ensino. Segundo ele, são 150 mil professores, além de 15 mil profissionais que atuam na rede do Centro Paula Souza. O prefeito Bruno Covas também adotou a medida e disse que os profissionais da Secretaria de Educação do município de São Paulo terão suas férias antecipadas.

Igrejas e templos

Doria recomendou que igrejas, templos ou qualquer denominação religiosa suspendam por sessenta dias, a partir de segunda-feira (23) missas, cultos ou qualquer outra aglomeração de qualquer natureza na capital e região metropolitana de São Paulo. A medida se dá por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus

Disse o governador: “tivemos o cuidado de dialogar com os principais líderes e não houve nenhuma resistência (ao pedido)”. “Diferente de um líder religioso do Rio de Janeiro, aqui todos foram solidários.” “Todos entenderam o momento de convergência solidária sem a força da lei”, afirmou Doria. “Se não houver a sequência a essa orientação, o governo e a prefeitura irão agir”, afirmou.

“Isso não significa o fechamento”, ressalvou o governador. “Orações podem ser feitas de forma virtual”, disse Doria que também afirmou ter pedido às denominações religiosas que informem seus fiéis sobre as medidas de prevenção contra o novo coronavírus.

Estadão Conteúdo

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