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Brasil

Dois brasileiros na expectativa pelo Draft

Arquivo Geral

27/06/2006 0h00

O ala/armador Marcus Vinicius, o Marquinhos, e o ala João Paulo Batista são os representantes nacionais na edição 2006 do draft da NBA. O vestibular dos calouros a uma vaga nas franquias norte-americanas será realizado na noite de amanhã, a partir das 20h30, no Madison Square Garden, em Nova York. O Toronto Raptors, ex-equipe do brasileiro Baby, tem a primeira escolha.

Marquinhos e Batista estão nos Estados Unidos participando de campings e aguardando o resultado do processo seletivo. Ao contrário de anos anteriores, contudo, o Brasil não está cotado para escolha de primeira rodada.

No site oficial da liga, Marquinhos é o único lembrado pelo especialista Tim Shea, que há dez anos trabalha na prospecção de jogadores internacionais com passagens pelo New York Knicks, Phoenix Suns e, atualmente, Charlotte Bobcats. Para Shea, este ano apenas quatro não norte-americanos deverão integrar o seleto grupo da “primeira divisão” de calouros.

Mesmo fora desta desta cotação, o ala/armador brasileiro é visto pelo especialista como um bom jogador com “habilidades básicas” e que tem na altura (2,00m), uma das virtudes. Como pontos fracos, o analista destaca dois aspectos básicos: “ele não jogou por nenhuma equipe consistentemente”, alerta Shea, acrescentando. “Também há dúvidas sobre seu arremesso, mas ele é um jogador sólido. Algumas pessoas gostam dele. Eu gosto”.

Nas três últimas temporadas, Marquinhos jogou no Corinthians/Mogi (2003/04), Premiata Montegranaro, da Itália, (04/05) e Objetivo/São Carlos (05/06). Ele também chegou a ser convocado duas vezes para a seleção brasileira, mas não deixou uma boa impressão com o técnico Aluísio Ferreira, o Lula. “Ele abandonou o time duas vezes”, lembra, para acrescentar em tom crítico: “jogador tem que ter postura completa e boa cabeça”.

Imagem diferente goza Batista. Convocado para treinar com a seleção que irá para o Sul-americano deste ano, o pernambucano de 2,08m já é conhecido dos olheiros norte-americanos. Jogou no Western Nebraska e no Barton County. De lá seguiu para o Gonzaga College, onde ficou duas temporadas (04/05 e 05/06). Por suas atuações, recebeu o prêmio de Recém-chegado do Ano em 2004.

Apesar do cartaz com Lula e de ser considerado nos Estados Unidos um jogador que consegue “criar espaços para tentar a cesta e com bom rebote”, Batista não foi citado por Shea, mas segue na briga por uma oportunidade na mais importante liga profissional do mundo.

Atualmente, o Brasil tem quatro jogadores na NBA: Leandrinho (Phoenix Suns), Nenê (Denver Nuggets), Baby (Utah Jazz) e Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers). Destes, Nenê (sétimo em 2002), Leandrinho (28º, 2003) e Baby (oitavo, 2004) foram escolhidos na primeira rodada do draft. Anderson foi 30º, ou o segundo da rodada número dois do draft.

Entre os candidatos internacionais, as principais apostas deste ano estão com o italiano Andrea Bargnani, ala do Benetton Treviso. Dos talentos domésticos, os mais cotados para primeira escolha do draft são os alas Tyrus Thomas e Adam Morrison e LaMarcus Aldridge, mas é o New York Times quem melhor expressa a situação da disputa. Para o jornal novaiorquino, ninguém tem a menor idéia de quem será o novo número 1 dos novatos.

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