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Brasil

Do tamanho 44 ao 56, marcas plus size ganham visibilidade no mercado

Uma pesquisa divulgada em 2019 pelo ministério da Saúde revelou que mais da metade da população (55,7%) está acima do peso

Redação Jornal de Brasília

27/08/2020 13h09

Guilherme Gomes
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Uma pesquisa divulgada em 2019 pelo ministério da Saúde revelou que mais da metade da população (55,7%) está acima do peso. Em contrapartida, pessoas gordas relatam dificuldades para enfrentar tarefas comuns do dia a dia como acessibilidade em transporte público e principalmente achar a roupa ideal.

Tendo em vista o grande mercado de pessoas gordas, marcas que investem em um vestuário plus size estão se multiplicando na internet. Empoderando obesos a aceitarem o próprio corpo e levantando a auto estima de quem está acima do peso, a Delphina Designs é um exemplo no mercado.

“A Delphina surgiu de uma necessidade minha devido a dificuldade em encontrar no mercado roupas que eu gostaria de usar, peças mais jovens, modernas, e com informação de moda, confeccionadas com tecidos de boa qualidade, e com uma modelagem feita exclusivamente para o corpo gordo”, conta Renata Amaral, idealizadora da marca.

Números da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), mostram que a estimativa do crescimento para esse tipo de mercado é de 10% ao ano, além de movimentar 5 bilhões de reais no país.

Renata explica que o cenário no mercado não era favorável justamente pelo fato dos obesos não serem reconhecidos pela sociedade. Ela lembra que com a chegada da internet esse tipo de negócio ganhou visibilidade.

“O gordo, assim como muitas outras minorias, sempre foi considerado feio e portanto, era colocado de canto, esquecido, sem voz e sem representatividade nenhuma na moda. Com a chegada da internet e das redes sociais, ficou mais fácil divulgar esse trabalho. Com esse cenário, algumas grandes marcas do comércio tradicional perceberam um potencial grande de vendas e começaram a abordar essa fatia”, explica a comerciante.

Do tamanho 44 ao 56, Renata ajuda mulheres a se sentirem bonitas e empoderadas. Ela relata que recebe muitas mensagens de clientes felizes por terem encontrado uma roupa ideal. “Vemos tornar realidade nosso propósito, ajudando muitas mulheres a encontrar dentro de si a confiança necessária para se mostrar para o mundo, e atingir seus objetivos de vida”, desabafa.

A empresária lembra que marcas plus size ainda enfrentam preconceito por carregarem um estigma de roupa careta, feita com tecidos que esticam muito e que serve apenas pra se esconder dentro dela, mas ressalta que o mercado é promissor. “Sempre que buscamos alguma parceria, já apresentamos nosso trabalho para romper todo e qualquer preconceito que possa existir, e o feedback tem sido muito positivo”, finaliza Renata Amaral.

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