Na manhã desta quarta-feira (10), o delegado titular do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), Antônio Ricardo Lima Nunes, deu declaração sobre a morte da vereadora Marielle Franco. Para Nunes, “não há nenhuma participação da família Bolsonaro” na morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
“Não tem nenhuma participação da família Bolsonaro nesse evento. Não temos indício dessa família no caso. Temos certeza que não há participação”, afirmou o delegado.
Questionado sobre o que o leva a ter certeza da não participação da família Bolsonaro, Nunes se limita a dizer que “não tem elementos que indiquem a participação”. “Temos outros inquéritos que vão resultar na prisão de outras pessoas”, disse.
Prisão de Suel
Na manhã desta quarta-feira (10), o cabo do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, 44 anos, conhecido como Suel, foi preso. Suel é acusado de ajudar o sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa a esconder as armas usadas na morte de Marielle.
Suel era investigado desde março do ano passado. Segundo investigações, o bombeiro cedeu um carro para a quadrilha de Lessa esconder as armas e jogá-las no mar um dia depois. Uma das armas, a submetralhadora HK-MP5, pode ter sido usada na morte da vereadora e do motorista.
O bombeiro ainda é acusado de tentar plantar falsas testemunhas para esconder a propriedade do carro. acordo com as investigações, Suel sempre foi o principal parceiro do sargento reformado Ronnie Lessa nos negócios ilícitos, especialmente na exploração de atividades da milícia em Rocha Miranda e imediações, na Zona Norte do Rio, onde ambos se conheceram nos anos 1990.