O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) está desenvolvendo a versão nacional dos kits de teste rápido da Covid-19. A informação foi divulgada através de uma nota.
A nova tecnologia possibilita que os testes sejam realizados com insumos nacionais e apresentam índice de detecção maior do que os kits importados. O gestor do CBA Fábio Calderaro explica que os novos testes são adaptados à realidade do Brasil. O coronavírus sofre mutações e vai se adaptado de acordo com o ambiente, por isso os testes importados possuem baixa sensibilidade.
Demanda
O novo método promete ser capaz de realizar 30 mil teste diários, através da distribuição para diferentes centros de produção. O desempenho seria suficiente para suprir a demanda nacional mínima determinada pelo ministério da Saúde.
A medida, no entanto, necessita do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e, de acordo com o gestor, a meta só poderá ser atingida daqui a 4 meses, após a autorização do órgão.
Até o momento, o Brasil utiliza dezessete marcas diferentes de kits para diagnóstico rápido de Covid-19, todos autorizados pela Anvisa.
Aplicação
O kit nacional de detecção do vírus SARS-cov-2 será parecido com o que já é utilizado para diagnóstico de HIV e de dengue. O paciente usa uma fita descartável, onde uma amostra de sangue ou saliva é depositada.
A amostra passa por uma reação química, e a indicação da presença ou ausência do vírus vem alguns minutos depois.
Calderaro explica que a fabrica utilizada para produção dos testes poderá ser utilizada, futuramente, para produção de outros anticorpos e testes para diagnóstico de outras doenças de importância regional e nacional.