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Brasil

Companhias de viagens garantem reembolso para destinos mais atingidos pelo Coronavírus

A maior parte de cancelamentos é quando as cidades italianas são os destinos

Agência UniCeub

05/03/2020 16h42

Foto: Valter Campanato/ABr

Por Mayra Christie 
Jornal de Brasília/Agência de Notícias UniCEUB

As empresas aéreas, companhias e operadoras de viagens brasileiras sentiram o choque causado pela chegada do coronavírus no país. A maior parte de cancelamentos é quando as cidades italianas são os destinos.  Foi do país europeu que chegaram os primeiros brasileiros que foram diagnosticados com sintomas da doença.

Dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), mostram que, em fevereiro de 2019, o número de passageiros pagos para a Itália, com origem no Brasil, foi de 10,8 mil. Hoje, o país europeu já registrou 32,5% de cancelamentos em três dias, de acordo com informações passadas pela empresa que administra os aeroportos Milão Linate e Milão Malpensa. 

O mercado depende da oferta e da demanda. No momento em que a população passa a possuir um temor em virtude de uma doença como o coronavírus, a demanda tende a reduzir. No caso específico, a demanda sofre sim uma retração”, explica o economista e historiador Luiz Henrique de Azevedo. 

Reembolso

Diante da situação, as empresas de viagens tomam algumas providências para lidar com essa crise e para evitar impactos ainda maiores. A Dreamlines Cruzeiros, por exemplo,  afirmou que foi possível notar a preocupação dos passageiros se tratando dos transatlânticos que partem para a Itália, e que diante disso, oferecem a possibilidade de desembarque em portos com Barcelona, Lisboa ou Marselha, antes que o cruzeiro chegue ao destino final. 

Outras empresas como a Latam sentiram a baixa demanda de interessados em voar para o país e  já suspenderam temporariamente as operações entre São Paulo e Milão, e essa decisão será mantida até dia 16 de abril.  Com relação aos passageiros que se encontram no país e estão retornando para o Brasil, a companhia afirmou garantir o seu regresso. Em nota, a companhia Azul informou que disponibiliza a opção de reembolso integral da passagem para clientes com conexão em Lisboa ou Porto e que tem como destino ou origem a Itália. A empresa ainda completa que já está se preparando para futuros reajustes no valor das passagens. 

Para Ásia

Entretanto, as suspensões não são apenas se tratando de viagens para a Europa. A Costa Cruzeiros declarou que, em conformidade com a decisão tomada pelo Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China de suspender as viagens e as atividades turísticas, a empresa decidiu cancelar todos os cruzeiros a bordo dos quatro navios que partem da China até meados de março. 

A companhia também afirmou que os hóspedes, visitantes e membros da tripulação de qualquer nacionalidade que tenham viajado de ou para a China continental, Hong Kong e Macau (incluindo as conexões realizadas nos aeroportos desses locais) nos 14 dias que antecedem o embarque não estão autorizados a embarcar nos navios da Costa Cruzeiros, e negou também o embarque a qualquer pessoa originária de cidades italianas.

Foto: Clyde Dickens

Mercado interno

Luiz Henrique de Azevedo lembra que, diante desse cenário, uma opção para as companhias seria investir em novos destinos. “Incentivar os destinos internos pode ser uma boa saída tanto para atrair o viajante brasileiro assim como o estrangeiro”, explica. “A desvalorização do real faz com que os preços praticados no mercado interno fiquem mais atrativos para aqueles que possuem dólar ou euro”, acrescentou o economista. 

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