A Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto da OAB no Rio Grande do Sul afirmou nesta sexta-feira (20) que vai acompanhar os desdobramentos do caso do cliente espancado e morto por seguranças do Carrefour de Porto Alegre-RS, na noite de quinta (19).
A comissão classificou como “abusivas” as agressões que resultaram na morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos. João Alberto foi imobilizado pelos seguranças, agredido e morto.
“A Comissão da Igualdade Racial também estará acompanhado a evolução das investigações do lamentável episódio. A missão institucional da OAB/RS é assegurar a transparência das investigações e acompanhar as apurações e circunstâncias com a devida responsabilização dos envolvidos”, afirmou a OAB-RS.
“A gente gritava: ‘Tão matando o cara’”
Vizinho da vítima, Paulão Paquetá contou ter testemunhado o espancamento e a morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, em um supermercado Carrefour de Porto Alegre na noite de quinta-feira, 19. “Estava chegando no local na hora das agressões. Eu estava a uns 10 metros quando começou. Tentamos intervir, mas não conseguimos”, relata ao jornal O Estado de S.Paulo.
Paulão diz que a esposa da vítima, um homem negro, também viu o espancamento, mas foi impedida de intervir. “Ela viu o marido sendo morto”, lamenta.
Segundo ele, cerca de outros oito seguranças ficaram no entorno da área, impedindo a aproximação das pessoas que tentavam parar com as agressões. “Não pararam. A gente gritava ‘tão matando o cara’, mas continuaram até ele parar de respirar, fizeram a imobilização com o joelho no pescoço do Beto, tipo como foi com o americano (George Floyd, morto por policiais neste ano nos Estados Unidos).”
Com agências