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Brasil

Câncer de mama é tema de discussão em encontro multidisciplinar em Brasília

Arquivo Geral

16/06/2018 17h26

A V Jornada Nacional de Mama Acreditar ocorreu nesse sábado, em Brasília. Crédito: Oncologia D’Or

João Paulo Mariano
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Neste sábado, médicos de todo país se reuniram no Distrito Federal para refletir sobre o câncer de mama e seus efeitos no físico e psicológico das mulheres. A V Jornada Nacional de Mama Acreditar, iniciativa da Oncologia D’or, reuniu mais de 200 profissionais e tem o desafio de levar os conhecimentos adquiridos para as clínicas oncológicas de todo o Brasil.

De acordo com um dos organizadores do evento, o médico oncologista, Anderson Silvestrini, a Jornada, que é um evento gratuito, já é uma tradição em Brasília. “A gente envolvendo todo o contexto do paciente, de forma multidisciplinar. São oncologistas, psicólogos e outros médicos que estão envolvidos no encontro”, afirma. O especialista, inclusive, lembra que a multidisciplinaridade é algo que a paciente demanda do médico atualmente.

Um dos organizadores do evento, o médico oncologista, Anderson Silvestrini. Crédito: Oncologia D’Or

Até porque, apesar do bombardeio de informações pela mídia, pela classe médica e por campanhas, como o Outubro Rosa, o câncer de mama é o segundo de maior incidência para as mulheres tanto no Brasil como no DF. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam que, em 2018, serão 59,7 mil novos casos no Brasil e 1.020, no Distrito Federal. Ou seja, a doença pode bater na porta de muitas mulheres neste ano.

Levando isso em consideração, a prevenção é a arma mais importante que se pode ser utilizada. A oncologista clinica da rede D’Or da Região do ABC Paulista, Vanessa Petry, alerta que uma das maiores dificuldades dos médicos é fazer com que o paciente mude seus hábitos. “A gente consegue atualizar os estudos no congresso, levar novidade para o consultoria e tornar a vida do paciente melhor. Mas, se ele não mudar os hábitos o tratamento pode não ter a mesma força”, relata.

A especialista também chamou atenção a necessidade de médicos e de toda a população estarem atentos a fatores de risco. Ela elenca alguns: obesidade na pós menopausa; pessoas de etnia branca; mulheres altas; e pessoas com diferença muito grande na relação cintura/quadril. Vanessa Petry acima que muitas pessoas sabem que a obesidade pode causar um enfarte, mas não lembram que isso também pode causar câncer.

Contudo, há meios para se prevenir. A médica elenca dois: amamentar por, pelo menos, 12 meses – Podendo dividir a alimentação por seis meses, caso a mulher tenha dois filhos, por exemplo; e a atividade física por, no mínimo, 150 minutos por semana. Essa última ação, para ela, é essencial para a prevenção de várias doenças e, infelizmente, é uma das coisas que as pessoas mais negligenciam.

Discussões

Uma das discussões do evento foi a da importância de levar medicamentos mais em conta para a população brasileira. O oncologista clínico de Curitiba, Evanius Wiermam, abordou a incorporação do uso de biossimilares no tratamento de pacientes com tumores na mama e no estômago. Essa possibilidade já chegou ao Sistema Único de Saúde (SUS) há três meses porque ficou mais barata que a fórmula original. O Biosimilar nada mais é que um medicamento mais complexo que os comuns, produzidos a partir de fórmulas parecidas com as originais, assim deixando o seu uso menos oneroso para toda a cadeia que o utiliza.

Para ele, é muito importante um encontro médico que discuta esses assuntos, mesmo que se leve um tempo para “traduzir” o que foi aprendido no evento e passar para os pacientes que aparecem nos escritórios.

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