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Brasil

Alunos que tiverem bom desempenho no Enade poderão ter nomes divulgados

Ministro da Educação, Abraham Weintraub, defende punição a quem tira nota ruim/péssima e afirma que acerta 10% das questões não deveria se formar

Willian Matos

04/10/2019 11h41

Da redação
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Os alunos que acertarem mais de 60% das questões do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) poderão ter os nomes divulgados como forma de incentivo. É o que estuda o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A intenção é divulgar o nome de cada aluno que obtiver mais de 60% de acertos. Esta divulgação aconteceria por faixa: aqueles que acertarem de 60% a 80% da prova estariam em um grupo, e quem acertar entre 80% e 100% da avaliação seriam inseridos em outro. O Enade acontece novamente no ano que vem.

O presidente do Inep, Alexandre Ribeiro Lopes, fala sobre a finalidade da mudança. “A gente quer divulgar quem foram os alunos que tiveram melhor resultado por curso como forma de incentivo para que ele busque ficar entre os melhores, para colocar isso no currículo”, explica. Atualmente, apenas os próprios estudantes têm acesso às notas de forma individual.

Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a medida pode estimular ainda mais os alunos que têm de fazer o exame. O MEC estuda a medida e deve debater o assunto com as autoridades envolvidas.

Nota mínima

O Enade é um exame pelo qual os alunos têm de passar ao final dos cursos de graduação para avaliar conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso. Não existe uma nota mínima que o estudante precisa alcançar, mas só se cola grau e recebe diploma se a prova for realizada.

A não necessidade de nota mínima faz com que os estudantes não se dediquem à avaliação, segundo Weintraub. O ministro defende mudanças mais duras, como a punição dos estudantes que tiveram baixo desempenho. “Uma pessoa que faz a prova e acerta 10% das questões não deveria se formar”, diz. Mas, segundo ele, isso ainda precisa ser discutido. 

De acordo com os dados divulgados hoje (4) pelo Inep, a média geral das notas dos estudantes da maior parte dos cursos avaliados foi menor que 50 pontos, em uma escala que vai até 100. 

Com base nas notas dos alunos é calculado o chamado Conceito Enade, que classifica os cursos em uma escala de 1 a 5, sendo 5 a nota máxima. Em 2018, apenas 492 cursos superiores tiraram a nota máxima no Enade. Esses cursos correspondem a cerca de 5,8% do total de 8.520 que tiveram o desempenho divulgado. 

Cursos avaliados 

Foram avaliadas em 2018 as seguintes áreas com cursos de bacharelado: administração; administração pública; ciências contábeis; ciências econômicas; comunicação social – jornalismo; comunicação social – publicidade e propaganda; design; direito; psicologia; relações internacionais; secretariado executivo; serviço social; teologia; turismo.

Foram avaliados também os cursos superiores de tecnologia em comércio exterior; em design de interiores; design de moda; design gráfico; gastronomia; gestão comercial; gestão da qualidade; gestão de recursos humanos; gestão financeira; gestão pública; logística; marketing; processos gerenciais.

Com informações da Agência Brasil

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