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Brasil

26 estados e o DF fazem greve contra Previdência

Segundo levantamento da CUT, as 27 unidades da Federação devem realizar atos contra a reforma

Willian Matos

14/06/2019 9h57

Foto cedida ao Jornal de Brasília

Da redação
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O Brasil inteiro deve fazer atos contra a reforma da Previdência nesta sexta-feira (14). É o que aponta levantamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT): as 27 unidades da Federação, incluindo o DF, têm manifestações previstas.

A CUT calcula que bancários, professores, metalúrgicos, profissionais da saúde, dos Correios, da Justiça Federal, vigilantes, servidores públicos estaduais e municipais, petroleiros e previdenciários, entre outros, irão aderir às greves em todo país.

No DF, a CUT não realizará ato. Porém, sindicatos filiados planejam assembleias, panfletagens, passeatas etc. Os rodoviários descumpriram ordem da Justiça e não colocaram os ônibus nas ruas. Parte das escolas públicas estão fechadas.

Estudantes realizaram manifestação na L2 Sul. Foto cedida ao Jornal de Brasília.

Minas Gerais

Estudantes, professores e técnicos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) concentram-se no campus da universidade para o ato contra a reforma da Previdência previsto para começar nesta sexta-feira, às 11h. Cerca de 300 trabalhadores, entidades sindicais, estudantes e movimentos sociais vão marchar à tarde pelas ruas de BH entoando: “Ô Bolsonaro, da educação eu não abro mão”. Eles reivindicam ainda cortes de funcionários terceirizados da segurança, que começam a chegar na faculdade.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, argumenta que o governo “quer jogar a conta da crise nas costas dos trabalhadores”. “A greve geral é de todos. Sexta-feira não é para ir trabalhar, é dia de ficar em casa. É dia de cruzar os braços e dizer que não aceitamos os ataques aos nossos direitos, à soberania nacional e à democracia”, destaca, em entrevista publicada pelo site da CUT.

Bahia

Rodoviários da Bahia aderiram à greve e estão reunidos nas garagens, de onde devem sair para participar de manifestações que acontecem em vários pontos da cidade. “Vamos nos manter parados durante todo o dia. Só voltamos ao trabalho amanhã”, afirma Walter Freira, secretário-geral do sindicato dos Rodoviários. Por outro lado, assim como no DF o metrô segue em funcionamento na capital baiana.

Rio de Janeiro

Pequenas manifestações causam trânsito acima do normal no centro do Rio de Janeiro e em Niterói na manhã desta sexta-feira (14). Na avenida Brasil, na região central, policiais militares chegaram a soltar algumas bombas de efeito moral para evitar o bloqueio da via e dispersar um grupo que não seguiu o caminho combinado e começou caminhar em direção à rodoviária, mas a situação se normalizou minutos depois. Os serviços de ônibus, BRT (faixa exclusiva para ônibus), barca, metrô, VLT e trens funcionam normalmente, segundo as concessionárias e o sindicato das empresas de ônibus. Algumas escolas públicas param, como o colégio federal Pedro 2º, e universidades, como a UFRJ (federal) e a Uerj (estadual). Os manifestantes devem se concentrar a partir das 15h em frente à Igreja da Candelária, mesmo local dos atos nos dias 15 e 30 de maio, também contra cortes na educação.

São Paulo

Ao menos duas prefeituras da Grande São Paulo divulgaram que foram afetadas pela greve-geral convocada nesta sexta-feira (14) em protesto contra a reforma da Previdência. Em Franco da Rocha, a administração suspendeu o expediente nos órgãos municipais. A gestão afirma que estarão em funcionamento apenas os serviços essenciais. A prefeitura de Diadema, no ABC paulista, também divulgou que o Sindicato dos Funcionários Públicos aderiram a paralisação. “Em decorrência desta greve, a Prefeitura informa alguns serviços podem ser afetados.” Na vizinha São Bernardo do Campo, a gestão afirma que todos os serviços seguem normalmente.

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