Uma pesquisa recente do Conselho Federal de Odontologia (CFO) trouxe um número que diz muito sobre os novos tempos: 60% dos consultórios brasileiros já incorporaram a teleodontologia em seus serviços. O que começou como uma solução de emergência durante a pandemia, regulamentada em 2020, mostrou que veio para ficar.
A realidade agora inclui ortodontistas acompanhando o progresso do tratamento pelos celulares dos pacientes e cirurgiões-dentistas tirando dúvidas pós-operatórias por videochamada. A triagem de casos urgentes, que antes dependia de uma ligação corrida para o consultório, agora ganhou um canal digital eficiente.
A adoção em massa dessa prática reflete uma mudança profunda. Ela nasceu da necessidade de não abandonar tratamentos durante o isolamento, mas se manteve pela eficiência que proporciona. Está encurtando filas, levando orientação especializada para quem vive longe dos grandes centros e dando um respiro na agenda apertada dos profissionais.
Legislação e segurança: o que é permitido na odontologia remota
A teleodontologia, liberada durante a pandemia, não parou mais. Ela chegou para ficar – e já está presente tanto nos consultórios particulares quanto no SUS.
Um dado da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) chamou a atenção: em 2021, quase 60% dos dentistas já faziam algum tipo de atendimento à distância. Esse número alto mostra que a tendência é real – e que a estimativa atual de 40% pode ser até modesta.
Muitos profissionais estão adotando o modelo passo a passo, geralmente começando pela teleorientação ou pelo acompanhamento online, sempre dentro das normas do CFO.
Mas é importante entender: a teleodontologia tem regras bem definidas. O CFO deixa claro o que é permitido: conversas entre dentistas sobre casos (teleinterconsulta), acompanhamento remoto de quem já está em tratamento (telemonitoramento) e a triagem inicial para saber se é necessário ir ao consultório (teleorientação).
O que não pode? Diagnóstico, prescrição de tratamento ou planejamento para pacientes novos totalmente à distância. As operadoras de planos odontológicos também estão proibidas de usar o termo “teleodontologia” em propagandas.
E a segurança dos dados? Essa é uma preocupação que veio junto. As plataformas usadas precisam ser seguras, com criptografia, e respeitar a LGPD. O paciente deve autorizar o atendimento remoto e toda conversa fica registrada em seu prontuário.
Para encontrar um dentista bem avaliado e com credibilidade nesse novo formato, plataformas especializadas como a AvaliaMed têm se tornado ferramentas essenciais para os pacientes. Essas plataformas centralizam avaliações verificadas, permitindo que usuários escolham profissionais com base na experiência de outros pacientes e na transparência de seus serviços.
O futuro do sorriso digital: tendências para os próximos anos
A tendência é que a integração entre o físico e o digital se intensifique. Tecnologias como inteligência artificial para análise preliminar de imagens e o uso de chatbots para triagem automatizada (dentro dos limites éticos) estão no horizonte.
O foco permanecerá em criar um fluxo de atendimento híbrido, onde a teleodontologia atue como uma ferramenta de suporte, triagem e acompanhamento, direcionando os pacientes para o momento certo do atendimento presencial, onde procedimentos invasivos e diagnósticos complexos são realizados.
A confiança do paciente é a moeda mais valiosa nesse novo ecossistema. Profissionais que adotarem as ferramentas digitais com ética, transparência e compromisso com a qualidade do cuidado sairão na frente.
Benefícios para pacientes: além da conveniência
A teleodontologia tem se mostrado benéfica para grupos específicos. Pacientes idosos ou com mobilidade reduzida, moradores de zonas rurais e pessoas com agendas inflexíveis estão entre os maiores beneficiados. Para essas populações, a possibilidade de receber orientações sem deslocamento representa um avanço significativo no acesso à saúde.
O telemonitoramento também melhorou a adesão a tratamentos de longo prazo, como os ortodônticos. Através de envio de fotos e mensagens via WhatsApp ou aplicativos seguros, os dentistas podem acompanhar a evolução do caso, ajustar orientações de higiene e identificar possíveis complicações entre uma consulta presencial e outra. Isso cria um vínculo mais constante entre profissional e paciente, aumentando a sensação de cuidado continuado.
60% dos consultórios já adotaram a modalidade
A teleodontologia deixou de ser uma solução emergencial para se tornar um pilar da odontologia moderna no Brasil. A teleodontologia não substitui o atendimento presencial – ele o complementa e fortalece.
Ao assumir seu lugar como pilar da odontologia moderna, essa prática cria uma ponte entre o consultório e o cotidiano das pessoas. Ela quebra barreiras geográficas e econômicas, levando orientação especializada para quem antes não tinha acesso, seja por morar em regiões remotas, por limitações de mobilidade ou pela correria da vida urbana.
O sucesso dessa integração depende fundamentalmente de confiança. Em um ambiente digital onde não há contato físico, a reputação do profissional se torna sua principal credencial. É natural que os pacientes busquem referências seguras – e é aí que a avaliação de outros usuários ganha papel crucial.
Plataformas como a AvaliaMed surgem como facilitadoras essenciais nesse ecossistema, conectando pacientes a dentistas bem avaliados através de experiências verificadas e transparentes.