França, China, Canadá ou Japão? Qual nação pode realmente afirmar ter os habitantes mais inteligentes do planeta?
Essa pergunta, ao mesmo tempo fascinante e polêmica, foi o ponto de partida de um experimento global envolvendo mais de um milhão de pessoas, que aceitaram realizar um teste de QI online. O objetivo? Criar um ranking mundial da inteligência média por país.
O topo do ranking: a supremacia asiática
Segundo os dados de 2025 divulgados pelo portal International IQ, os três primeiros lugares do ranking são ocupados por países asiáticos:
- China: QI médio de 107
- Coreia do Sul: 106
- Japão: 106
Na sequência, aparecem o Irã e Singapura, completando o top 5. Esses resultados reforçam a reputação dos países asiáticos quando o assunto é educação, raciocínio lógico e disciplina escolar.
Na Europa, a Espanha aparece na 10ª posição com um QI médio de 102, enquanto a França ocupa o 17º lugar com 101 pontos, dentro da média considerada “normal”, que vai de 90 a 110.
E a América Latina e o Brasil?
Quando olhamos para a América Latina, o cenário muda bastante. Os países latino-americanos apresentam, em geral, QI abaixo da média mundial. O Brasil, por exemplo, aparece em 62º lugar, com um QI médio estimado em 88, segundo os dados do International IQ.
Outros países da região como a Argentina (QI 90), o México (QI 87) e a Colômbia (QI 84) também estão abaixo da média global. O último país latino-americano do ranking é a Bolívia, com um QI de 82.
Essa diferença pode ser explicada por diversos fatores, como:
- Desigualdade no acesso à educação;
- Baixo investimento em ensino básico;
- Desigualdades socioeconômicas;
- Baixa taxa de leitura e estímulo cognitivo nas infâncias.
Apesar disso, é importante destacar que QI não é destino. O número reflete mais o contexto social e educacional de um país do que a capacidade individual de seus habitantes.
Por que os países africanos e latino-americanos estão nas últimas posições?
Na parte inferior do ranking, estão países como:
- Gâmbia, Angola e Benin, com médias em torno de 85;
- Ucrânia e Romênia, entre os últimos colocados da Europa.
A própria equipe do International IQ reconhece que os dados devem ser analisados com cuidado: em muitos desses países, a quantidade de participantes foi muito pequena, o que compromete a representatividade. Por exemplo, o Senegal, com 18 milhões de habitantes, teve seu QI médio calculado com base em apenas 281 participantes.
Como é calculado o QI nesse ranking?
O teste utilizado é baseado nas famosas Matrizes Progressivas de Raven, um método considerado “culturalmente neutro”, por não depender de idioma, contexto social ou conhecimento prévio. Os participantes precisam resolver problemas de lógica e padrões visuais em cerca de 20 a 30 minutos.
Segundo os organizadores, o teste é gratuito, anônimo e possui um nível de confiabilidade elevado. Ainda assim, especialistas alertam que:
- O teste não representa toda a população (apenas quem tem internet e interesse em realizá-lo);
- A metodologia favorece certos perfis cognitivos;
- O número de participantes varia muito de país para país.
Ou seja: os resultados devem ser vistos como uma fotografia parcial e provisória, não como uma verdade absoluta.
O QI realmente mede a inteligência?
Apesar de ser uma ferramenta útil para avaliar habilidades lógicas e cognitivas, o QI está longe de ser um retrato completo da inteligência humana. Ele não mede:
- Criatividade
- Inteligência emocional
- Capacidade de adaptação
- Empatia ou habilidades sociais
- Conhecimento cultural ou técnico
Portanto, um QI alto não garante sucesso e um QI abaixo da média não define o seu potencial.
Quer saber qual é o seu QI?
Você pode realizar agora mesmo um teste de QI confiável, baseado nas matrizes de Raven. Ele leva entre 20 e 30 minutos, e ao final, você verá seu resultado e poderá comparar com a média do seu país.