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Filho de bicheiro é alvo de ataque a tiros enquanto dirigia Porsche no RJ

Ainda não se sabe quem seria o motorista alvo do tiroteio e qual seu estado de saúde

Redação Jornal de Brasília

11/07/2025 12h50

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Um Porsche foi atacado a tiros na manhã desta quinta-feira (11) na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O veículo de luxo, que seria blindado, estava sendo dirigido por Vinicius Pereira Drumond, filho do bicheiro Luizinho Drumond, morto em 2020. A Polícia Civil esteve no local recolhendo cápsulas e vestígios. Ainda não há informações sobre o estado de saúde do motorista nem sobre os autores dos disparos.

Herdeiro do pai na contravenção, Vinicius também teria herdado influência na escola de samba Imperatriz Leopoldinense, do Grupo Especial do carnaval carioca. Contudo, ele já não participa da gestão da agremiação, hoje presidida por Cátia Drumond, irmã de Luizinho.

Na última terça-feira (8), Vinicius foi anunciado como patrono da escola Em Cima da Hora, que integra a Série Ouro – equivalente à segunda divisão do carnaval da Sapucaí.

Além da ligação com o carnaval, Vinicius é investigado por envolvimento em uma quadrilha especializada no furto de petróleo e derivados. Em fevereiro, a Polícia Civil deflagrou uma operação contra o grupo, do qual ele seria o principal financiador. Segundo as investigações conduzidas em conjunto com o Ministério Público, o dinheiro usado para financiar o esquema viria da atividade ilegal do jogo do bicho.

Imagens exibidas pelo na TV Globo mostraram dois dos envolvidos no furto de combustíveis em uma das residências de Vinicius. Ele seria o chefe estratégico e financeiro da organização criminosa, que atuava no Rio de Janeiro e em outros estados. O produto roubado – principalmente petróleo – era revendido para a produção de asfalto, borracha e plástico. A investigação teve início após uma prisão ocorrida na Bahia.

De acordo com o delegado Pedro Brasil, responsável pelo caso, as autoridades chegaram ao nome de Vinicius como financiador do esquema, o que causou surpresa, pois seria a primeira vez que um contraventor estaria diretamente envolvido em uma rede de furto de petróleo. A polícia também aponta que Vinicius ascendeu rapidamente no mundo do crime, ampliando os negócios da família para além da contravenção tradicional.

Com perfil discreto, mas forte influência nos bastidores, Vinicius é apontado como articulador de esquemas de corrupção e operações ilegais. Segundo a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), o grupo utilizava recursos do jogo do bicho para comprar equipamentos modernos, alugar veículos e pagar funcionários ligados ao furto dos dutos da Petrobras. Durante a operação, a polícia apreendeu celulares, computadores, joias, uma grande quantia em dinheiro e duas BMWs na casa de Vinicius.

Vinicius Drumond também é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital no inquérito sobre a morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrida em fevereiro deste ano. A polícia apura a participação do policial militar Leandro Machado, que teria vigiado a vítima antes do crime. O veículo usado para seguir Rodrigo teria sido alugado por Machado, supostamente a pedido de Vinicius. O dono da locadora confirmou, em depoimento, que recebeu indicação de Vinicius para atender o policial.

As investigações tentam esclarecer se Vinicius é proprietário da empresa de aluguel de veículos, que também aparece no caso do furto de petróleo. O PM Leandro Machado foi apontado como segurança pessoal de Vinicius.

A Justiça já tornou réus o policial e outras duas pessoas por envolvimento no assassinato do advogado. Os crimes teriam sido motivados por disputas internas na contravenção, e os acusados responderão por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, emboscada e sem chance de defesa da vítima.

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