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Vinhos e Vivências
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A temporada dos rosés: o vinho que ganha força com a chegada da primavera

Com frescor, cor e versatilidade, os vinhos rosés conquistam espaço nas taças brasileiras e se tornam a escolha ideal para os dias mais quentes da estação

Cynthia Malacarne

07/11/2025 14h32

front view people enyoing dinner party

Foto: Freepik

Com a chegada da primavera, os vinhos rosés voltam a protagonizar as taças e as conversas. Leves, refrescantes e versáteis, eles conquistam cada vez mais espaço entre os brasileiros. Segundo dados da Ideal Bi, o consumo da categoria cresceu 39% nos últimos anos no país, acompanhando uma tendência mundial de preferência por rótulos mais leves, fáceis de beber e adequados ao clima tropical.

Mais do que o apelo visual, o rosé se destaca pela versatilidade gastronômica. Harmoniza bem com pratos leves, como peixes, saladas e frutos do mar, mas também acompanha massas e carnes brancas, mostrando que vai muito além do papel de aperitivo. Sua acidez equilibrada e a diversidade de perfis, dos mais frutados aos mais minerais, fazem dele uma excelente escolha para diferentes momentos, de encontros informais a refeições completas.

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Foto: Divulgação

Ainda assim, alguns mitos persistem. O mais comum é o de que o rosé “ideal” precisa ter cor clara, no estilo Provence, aquele tom salmão ou casca de cebola que se tornou símbolo de elegância. Essa percepção estética, porém, não deve ser usada como critério de qualidade. Em muitos casos, para alcançar tonalidades muito pálidas, algumas vinícolas recorrem a processos químicos de estabilização. Já os rosés de cor mais intensa, que variam do rosa vibrante ao cereja, atingem naturalmente essas nuances, de acordo com a variedade da uva e o tempo de contato do mosto com as cascas.

Em outras palavras, o rosé mais escuro pode ser tão ou até mais autêntico do que o pálido. A cor não define a qualidade, mas sim o estilo e a expressão da uva.

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Foto: Divulgação

Entre as opções disponíveis no mercado brasileiro, os rosés portugueses merecem destaque. A Península de Setúbal, região histórica próxima a Lisboa, vem produzindo vinhos rosados com excelente equilíbrio entre frescor, fruta e acidez, combinação ideal para o clima do Brasil.

Entre os rótulos recomendados estão o Dona Ermelinda Rosé 2024, aromático e leve, perfeito como aperitivo ou para acompanhar pratos frios (R$ 70, importado pela TDC Vinhos); o Ameias Colheita Rosé, mais intenso e frutado, ideal para ser servido entre 10 e 12 °C (R$ 149, distribuído pela Casa Rio Verde); e o Quinta do Piloto Reserva Rosé, mais complexo e gastronômico, com notas de flores brancas e excelente frescor (R$ 469, importado pela Maison du Vin).

O aumento da oferta e do consumo de rosés mostra que o público brasileiro está mais aberto a experimentar e valorizar vinhos de diferentes perfis e estilos. E a primavera é o momento perfeito para redescobrir essa categoria que combina leveza, cor e versatilidade à mesa.

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