Falar um segundo idioma, como o inglês, é uma habilidade essencial para o sucesso profissional. Mas os benefícios não param por aí: estudos apontam que aprender outra língua pode aumentar a inteligência e até retardar em vários anos o desenvolvimento de doenças como o Alzheimer.
Liberdade para viajar, para conhecer novas culturas e confiança para enfrentar desafios — aprender inglês é um divisor de águas tanto na vida pessoal quanto na carreira. Como língua franca dos negócios e da tecnologia, ele abre portas para melhores oportunidades de emprego, salários mais altos e acesso a um vasto repertório global de conhecimento.
As vantagens vão além do mercado de trabalho. A ciência mostra que ser bilíngue pode melhorar a fluência verbal, ampliar a capacidade de leitura e atrasar o desenvolvimento de demências, mesmo quando o aprendizado acontece na vida adulta.
Um estudo da Universidade de Edimburgo (Escócia), conduzido pelo professor Thomas Bak, acompanhou 262 pessoas que haviam feito testes de inteligência aos 11 anos de idade. Quando os mesmos indivíduos, agora com mais de 70 anos, refizeram os testes, aqueles que dominavam um segundo idioma apresentaram resultados cognitivos significativamente superiores. A pesquisa, publicada na revista Annals of Neurology, mostrou que os ganhos foram semelhantes tanto em quem aprendeu a segunda língua antes dos 18 anos quanto em quem começou mais tarde.
Durante a investigação, surgiu a dúvida: seriam essas pessoas mais inteligentes porque aprenderam outro idioma, ou aprenderam justamente por terem maior inteligência? Para Bak, o padrão identificado foi claro: as melhorias em atenção, foco e fluência não podiam ser explicadas pela capacidade cognitiva original, registrada na infância. “Milhões de pessoas no mundo adquirem sua segunda língua mais tarde na vida. Nosso estudo mostra que ser bilíngue, mesmo quando a segunda língua é aprendida na idade adulta, pode ser benéfico para o cérebro em envelhecimento”, afirmou.
Outro trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade Concórdia (Canadá) e publicado na revista Bilingualism: Language and Cognition, reforça essa ideia. O estudo concluiu que falar mais de uma língua pode atrasar em até cinco anos o aparecimento dos sintomas do Alzheimer. Imagens de exames cerebrais mostraram que o hipocampo — área ligada à memória e fortemente afetada pela doença — era visivelmente maior em pessoas bilíngues quando comparadas a monolíngues da mesma idade e escolaridade.
Segundo a pesquisadora Kristina Coulter, autora principal do estudo, “havia mais massa cerebral no hipocampo, principal região para aprendizado e memória”. A coautora Natalie Phillips complementa: “falar mais de uma língua é uma das várias formas de engajamento cognitivo e social que promovem a saúde do cérebro”.
Se no campo da saúde os benefícios são notórios, no mundo profissional eles são ainda mais evidentes. Em plena era digital, em que novas profissões surgem a cada dia e as conexões internacionais se intensificam, o inglês se tornou ferramenta indispensável. Ele é a língua da tecnologia e possibilita acesso rápido às inovações globais. Mais do que traduzir, é conquistar autonomia para construir a própria narrativa.
Além disso, certificados de proficiência podem abrir portas para empregos no exterior, com condições mais favoráveis. Uma pesquisa da Catho revelou que a fluência em inglês pode aumentar o salário em até 83%. Outros levantamentos apontam para ganhos de até 70% ou até o dobro, dependendo da área de atuação.
Ou seja, aprender inglês não apenas amplia oportunidades profissionais e pessoais, mas funciona como uma verdadeira “ginástica” para o cérebro, fortalecendo-o, tornando-o mais ágil e resistente ao longo da vida.
E aí, prontos para aprender inglês e se apresentar ao mundo de uma nova forma? Na próxima matéria, vou apresentar uma ferramenta que está revolucionando a forma de aprender inglês no Brasil.