Quando Pedro começou a destacar-se, atingindo a artilharia do Brasileiro, obviamente surgiram ofertas para sua contratação.
Falaram no Bordeaux, da França; no Monterrey, do México…
O valor mais alto que se especulou foi de 15 milhões de euros. Uns R$ 70 miilhões.
Pouco? Muito? Suficiente?
Bem, o Fluminense tem direito a 50% dos direitos econômicos do atacante. Nesta conta, receberia uns R$ 35 milhões. Para um clube que precisa vender o almoço (quando tem almoço) para jantar, garantia de salários pagos até o fim do ano.
Só que a cartolagem tricolor, pressionada também pela torcida, disse não.
Queria, quer, mais.
Aí, Pedro sofre uma contusão.
A janela de transferências na Europa fecha nesta sexta-feira.
Não há mais qualquer oferta.
Espera-se que o atacante se recupere logo e volte a jogar como antes.
Mas…
Não teria sido melhor faturar os R$ 70 milhões (R$ 35 milhões para o clube)?
Fica a pergunta.
Tudo ou nada
Há dez anos, surpreendentemente, o Flamengo perdeu a vaga na Libertadores ao ser derrotado pelo América do México, no Maracanã, mesmo tendo uma vantagem de dois gols.
Nesta quarta-feira, o rubro-negro terá a chance de recuperar este ponto fora da curva de sua história.
Contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte, o Flamengo terá de tirar uma desvantagem de dois gols se quiser seguir adiante na competição continental.
Difícil? Sem dúvida.
Impossível? De modo algum.
São dois grandes times, acostumados a enfrentar rivais de poderio equivalente e, claro, torcidas inflamadas.
A situação do Flamengo, é claro, não é das melhores. Mas o próprio Mano Menezes, treinador do Cruzeiro, fez questão de dizer que nada está definido.
Chegou a pedir, após o jogo contra o Fluminense, pelo Brasileiro, para que reafirmassem isso: que nada está definido.
Depois da queda de rendimento que experimentou após a paralisação da Copa do Mundo, no Brasileiro, uma virada diante do Cruzeiro pode alterar todo o restante do ano da equipe carioca.
Irritação
Muitos jornalistas se consideram acima do bem e do mal.
Eu talvez já tenha “me achado” alguma vez. Espero que não. Acho que não.
Há quem diga, inclusive, que o jornalismo é o “quarto poder”, alusão aos três poderes estabelecidos – executivo, legislativo e judiciário – somado ao “jornalístico”.
Nesta segunda-feira, o português José Mourinho, um dos melhores treinadores do mundo é bom que se diga, demonstrou toda a sua irritação com jornalistas ingleses.
À frente do Manchester United, Mourinho viu seu time perder o segundo jogo seguido (em três rodadas) no Campeonato Inglês, desta vez por 3 a 0, para o Tottenham. E dentro de casa, o Old Trafford.
Os Red, sempre favoritos ao título, estão na rabeira da tabela de classificação. Rabeira, nem tanto: estão em 13º lugar, entre 20 competidores. Mas já veem os líderes abrirem seis pontos de vantagem.
Um péssimo início de temporada.
Os jornalistas, então, começaram a provocar.
Mourinho, que tem paciência inversamente proporcional à capacidade, irritou-se.
Para começar, questionou os entrevistadores sobre o que desejavam.
“Quando ganhávamos e não jogávamos bem, vocês criticavam… Agora jogamos bem, mas não ganhamos, e vocês falam também”, resumiu, antes de pedir respeito (algumas vezes) e lembrar que ele sozinho tem mais títulos da Premier League do que a soma de todos os outros treinadores que trabalham no torneio este ano.
Ainda não
O Atlético Acreano bem que tentou, mas ainda não foi desta vez que o Acre terá um representante nas principais divisões do futebol brasileiro.
Na partida de volta das quartas-de-final da Série C, o time do Norte do país precisava tirar uma diferença de dois gols. Não conseguiu.
Aliás, chegou a estar perdendo por 2 a 0 para o Cuiabá. Buscou a reação, chegou a empatar, mas está mesmo eliminado.
Com este resultado, uma situação curiosa, que chama a atenção: nenhum time que jogou o grupo A na primeira fase da competição (equipes do Norte e Nordeste) conseguiu passar no mata-mata.
Assim, subirão quatro times do Sul/Sudeste/Centro-Oeste para a Série B em 2019: Botafogo de Ribeirão Preto (que eliminou o Botafogo da Paraíba), Bragantino (que deixou para trás o Náutico), Operário do Paraná (que acabou com as chances do Santa Cruz) e o Cuiabá (algoz do Atlético Acreano).