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Sem Firula

“Tio” de craque

Arquivo Geral

02/03/2017 12h54

Em sua primeira passagem pelo futebol do Rio de Janeiro, Ronaldinho Gaúcho brilhou. Conduziu o Flamengo a um título estadual e, como não poderia deixar de ser, “acariocou-se”. Era presença constante em pagodes pela cidade e, claro, vou até a Sapucaí para o desfile das escolas de samba. À época, sua presença foi na Portela. Provocou um alvoroço, como nos tempos em que destruía as defesas adversárias.

Quando voltou, pelo Fluminense, já pensava em outras atividades que não o futebol e acabou tendo o contrato rescindido de forma abrupta. Não deixou saudades para a torcida tricolor.

Hoje, Ronaldinho Gaúcho é “embaixador” de uma marca de produtos esportivos. Percorre o planeta para “dizer” o que é futebol. Conversando com ele, soube que nos próximos 20 dias estará em quatro países. Sinceramente não lembro o nome de todos, mas Jordânia eu tenho certeza. Vai levar alegria e leveza, vai levar o futebol. E seu sorriso e simpatia.

Neste ano, Ronaldinho Gaúcho tomou conta da Sapucaí. Carismático, mesmo longe do Brasil e do futebol, provocou frisson a cada passagem. Nesta segunda-feira de carnaval, mais uma vez marcada por acidentes, não foi diferente. Bastava o dentuço aparecer na pista para ser cercado por jornalistas.

Num dos raros momentos de “parada”, fui beber uma água no staff da Liga. Olhávamos para as telas de monitoramento do Sambódromo quando fomos avisados: “Ronaldinho está aqui dentro”. Ok, pensei. Ofereçam uma água, vejam se está tudo certo e ponto final.

Só que Jorge Perlingeiro e Jorge Cardoso, um dos maestros que trabalham conosco, são velhos conhecidos do craque. E tiraram fotos com ele. Eu, ao lado, apenas olhava. “Tios, posso tirar uma foto com vocês?”, disparou Ronaldinho Gaúcho, dirigindo-se para mim e para nosso tesoureiro. Juro que fiquei tonto. Aquele que já foi o maior jogador de futebol do mundo queria tirar uma foto comigo…

Pedido feito, pedido aceito. E lá veio ele, sorridente, colocar-se entre nós dois para a foto – que, espero, me seja disponibilizada pelo fotógrafo.

Vi, naqueles momentos, o garoto que um dia descobriu-se para o futebol. Humilde (sempre foi, jamais ouvi falar que fora marrento com quem quer que seja), sorridente, simpático… Um ser humano feliz.

Segundos depois, a senhorinha responsável pela limpeza do espaço chega, sem jeito, e pergunta se pode tirar uma foto “para mostrar aos netos”. Recebe um abraço, um beijo, e a resposta “eu é que quero tirar uma foto com a senhora”. O “sobrinho” acabava de levar mais uma nota dez na vida…

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