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Sem Firula

Surpresa?

Arquivo Geral

20/12/2018 10h04

Atualizada 21/12/2018 10h04

Durante a Libertadores, vários divulgadores de informação teceram louvores ao treinador do River Plate, Marcelo Gallardo, considerado um novo gênio nos bancos de reserva.

O mesmo que, suspenso, descumpriu as regras e foi até o vestiário na Arena Olímpico na partida em que seu time eliminou o Grêmio, nas semifinais daquela competição.

Para muitos, foi mimimi de Renato Portaluppi e dos gremistas.

Longe disso. Um campeão tem de cumprir regras.

Agora, cheio de banca, depois de conquistar no campo (é sempre bom frisar) a Libertadores, apesar de moralmente derrotado fora por toda a confusão de seus torcedores, o River Plate chegou ao Mundial.

Seu rival, teoricamente o mais fraco dos competidores, foi o campeão dos Emirados Árabes, o Al Ain, que entrou na competição como convidado “para tentar encher os estádios”.

Bem, o Al Ain passou pelo primeiro adversário, o campeão da Oceania.

Sofreu para derrotar nos pênaltis o Team Wellington, da Nova Zelândia, mas ganhou.

Depois, detonou Esperánce, da Tunísia, campeão africano. Vitória fácil e com autoridade, sem parecer sentir o desgaste.

O jogo contra o time argentino seria apenas um treino mais puxado para o River Plate.

Esse era o pensamento de todos.

Só que o Al Ain estava (está) a fim de jogo. E derrubou os arrogantes argentinos.

Fará a final. Um marco para a equipe e para o país.

Ah… Gallardo, apesar da eliminação, manteve o salto alto.

Fez questão de dizer que seu time não se preparou para jogar contra uma equipe inferior e, por isso, acabou eliminada.

Depois os divulgadores de informação ficam perguntando porque o futebol sul-americano está, cada vez mais, em baixa.

Pelo menos numa coisa a Fifa acertou: os estádios estão, a cada partida, exibindo um público maior.

Longe do povo

A seleção brasileira só jogará no Maracanã, na Copa América, se for à final.

Ou melhor: caso passe à segunda fase da competição em primeiro lugar no grupo, ou como um dos melhores terceiros colocados, o Brasil só jogará no Rio de Janeiro na decisão.

Se conseguir a vaga na segunda colocação, atuará antes.

Repete-se o erro de 2014. Erro que, em 2013, Felipão anunciou e protestou.

Só que Tite não quer saber disso.

Achando-se o dono da verdade, vetou o Brasil no Maracanã na preparação para a Copa do Mundo de 2018.

Alegou, com o aval dos membros de sua comissão técnica, que isso “provocaria desgaste nos jogadores”.

Mas não recusa jogos no Oriente Médio ou em estádios da quarta divisão da Inglaterra, cheios de lama.

É claro que o problema não é apenas o treinador – que este colunista pede que seja afastado já há algum tempo.

A indefinição sobre quem manda no estádio atrapalha. Mas não muito, afinal de contas, os times do Rio jogam ali pelo Estadual, pelo Brasileiro, pela Copa do Brasil, pela Sul-Americana, pela Libertadores…

O mais interessante é que essa negativa enlouquecida de Tite de atuar no Maracanã acaba ajudando ao Corinthians.
Surpresos?

O Itaquerão recebeu o Brasil na Copa de 2014 (Tite não teve culpa nisso). Agora, na Copa América, deu carona na Allianz Arena, do Palmeiras, para receber jogos do torneio e, de quebra, vai ver o Brasil de novo.

Isso ajuda a pagar as contas do Timão.

Que, é bom que se diga, não tem culpa nenhuma nisso.

 

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