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Sem Firula

Só bobagem

Arquivo Geral

29/01/2017 19h26

Um jornal de São Paulo alardeou, sexta-feira, resposta recebida da Fifa sobre a questão dos chamados “campeonatos mundiais de futebol”.

De acordo com o diário, a entidade internacional respondeu à consulta afirmando que, para ela, campeões mundiais oficiais são os clubes que conquistaram o troféu a partir de 2000, quando o torneio, com representantes dos cinco (seis, vá lá) continentes participaram. Ou seja: oficialmente, para a Fifa, Grêmio, Flamengo e Santos não são campeões do mundo. Tiraram, na mão grande, os mundiais de Zico, Renato Gaúcho e Pelé.

Pode?Out

Como costumo dizer, este período sem futebol (felizmente os estaduais deram a largada ontem – alguns já haviam começado, eu sei) é meio agoniante para os veículos de comunicação. Especialmente nestes tempos modernos, nos quais falta, mesmo, qualidade nas redações. Aí, inventam-se pautas (matérias) que não têm pé, nem cabeça. E surgem estas polêmicas sem razão.

A Fifa, como sempre muito política, reconhece o valor dos torneios até então disputados (chega a citar a Copa Rio de 51, por exemplo, vencida pelo Palmeiras), mas para valorizar o seu “reinado”, afirma que mundial, mesmo, só os que ela organizou. E daí?

A alegação de que, por exemplo, o Intercontinental que o Real Madrid conquistou algumas vezes derrotando o campeão da Libertadores, não reunia campeões de outros continentes quer dizer alguma coisa? Claro que não, basta ver o número de vezes que países da África, da Concacaf ou da Ásia conquistaram o Mundial. Nenhuma. E olhem que nem fui buscar a Oceania, que dificilmente passa do primeiro jogo, para ganhar força no meu argumento.

Repito: querer valorizar o que realiza não é pecado. Ao contrário, dá até um pouco mais de credibilidade, mas daí a jogar no chão toda uma história previamente construída…

Não vi, ainda, os jornais deste sábado pelo Brasil. Estivesse eu chefiando uma redação, apesar de repetir que é uma bobagem, mandaria um estagiário ouvir Pelé sobre o tema. E Zico. E Renato Gaúcho. De quebra, pediria a outro repórter para tentar contato com algum colega na Espanha e saber o que o Real Madrid tem a dizer sobre a cassação de seus títulos anteriores. Só para alimentar a tola polêmica e encher linguiça para a edição deste domingo, onde os estaduais ainda estão à meia-boca.

Neste sentido, mais malandra foi a CBF, quando há uns dois anos “reconheceu” os títulos nacionais dos anos 60: no lugar de tirar, deu, ou melhor, referendou (os times haviam sido campeões, efetivamente) os títulos conquistados na Taça Brasil e no Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, como campeonatos brasileiros.

Praticamente todo mundo ficou feliz – digo praticamente todo mundo porque os corintianos viram, por exemplo, Palmeiras e Santos dispararem nas conquistas nacionais.

E só para alimentar mais um pouco esta quantidade de toscas polêmicas que de vez em quando afligem as redações esportivas, questiono: quem foi o campeão brasileiro de 1987? Flamengo ou Sport? A Copa União era o verdadeiro Brasileiro ou o Brasileiro, mesmo, era o confronto final entre os vencedores dos módulos? Respostas, críticas, elogios e sugestões para este colunista.

Só rindo

A prisão de um vice-presidente do Flamengo, envolvido na Operação Lava-Jato (ou outro desdobramento qualquer ligado à corrupção), provocou uma avalanche de gracinhas entre os torcedores rivais, pelo menos no Rio de Janeiro.

De acordo com a turma do arco-íris, como costumam referir-se os flamenguistas à união dos rivais, o Flamengo está criando uma nova categoria de sócios: o sócio-presidiário. Outros, tão cruel quanto aqueles, falam que a cartolagem rubro-negra está aproximando a direção de grande parte de sua torcida, indo aos presídios. Outra parcela, bastante expressiva, lembra que não é o primeiro rubro-negro que vai para a cadeia, citando ex-presidente e o goleiro Bruno.

Convém lembrar que, infelizmente, em todos os clubes ou setores da sociedade temos pessoas envolvidas com erros e malfeitos na sociedade.

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