Botafogo e Atlético Paranaense conseguiram classificar-se na pré-pré Libertadores – em bom português, se passarem da próxima fase chegarão, finalmente, aos grupos. Mas tiveram de suar um litro certinho para conseguirem as vagas. O time carioca ficou por 78 minutos eliminado. Sofreu um gol (contra) logo no início da partida, levou outros sustos, mas, pode-se dizer, dominou a partida. Talvez tenha demorado a empatar porque o treinador teimava em não colocar um camisa 9 de ofício em campo. Coincidência (ou não!), três minutos após a entrada de Roger em campo surgiu o gol botafoguense. O Colo-Colo, que parecia satisfeito com a vantagem mínima, passou a pressionar. Sem sucesso. A lamentar as cenas de objetos arremessados nos torcedores brasileiros e dentro do gramado.
Na Colômbia, a situação do Atlético Paranaense foi ainda mais complicada. A vaga só veio nos pênaltis, depois da derrota de 1 a 0 no tempo normal para o Millonarios. Não pude acompanhar o jogo do Furacão totalmente pela coincidência de horário com a partida do Botafogo, mas pela reação de Paulo Autuori, treinador do rubro-negro paranaense, devo dizer que o time foi para Bogotá sabendo que uma derrota pelo placar mínimo era possível e não significava um desastre completo. Tanto que, nos pênaltis, depois de Weverton ter defendido um e um jogador colombiano ter chutado outro na trave, Autuori correu para alterar a ordem dos batedores e, assim, fechar logo a disputa.
Semana que vem os dois voltam a campo. Agora já pela pré-Libertadores. Está perto de o Brasil ter oito times na principal competição do continente, com Botafogo e Atlético Paranaense juntando-se a Palmeiras, Santos, Flamengo, Atlético Mineiro (todos classificados via Campeonato Brasileiro), Grêmio (via Copa do Brasil) e Chapecoense (campeã da Copa Sul-Americana). Será um recorde. Tomara que todos consigam.
Na luta
Em maio, na Coreia do Sul, acontecerá o Mundial sub-20. Serão 24 países, numa distribuição bastante democrática das vagas – a Europa terá cinco representantes, mas África e América do Sul, por exemplo, terão quatro. Para chegar à Ásia, os países estão disputando competições continentais. Por aqui, claro, não é diferente. Sendo assim, realiza-se, quase clandestinamente, sem muito aparato midiático, o Sul-Americano sub-20 no Equador.
O treinador da seleção brasileira é Rogério Micale, o mesmo que comandou a equipe nacional ao ouro olímpico, ano passado. A competição está no seu hexagonal final e, infelizmente, o Brasil ainda não conseguiu garantir uma das quatro vagas do continente. O time, verdade seja dita, não tem dado sorte. Perdeu no finzinho do jogo para o Uruguai (que lidera o hexagonal) e permitiu, de novo no fim da partida, que a Argentina empatasse (o gol argentino aconteceu aos 50 do segundo tempo).
Agora, no sábado, último dia da competição, o Brasil enfrentará a Colômbia (a única do hexagonal que não tem mais chances de chegar à Coreia), enquanto a Argentina lutará contra a surpreendente Venezuela, que bateu os uruguaios e impediu o título antecipado da Celeste. Aliás, a situação dos venezuelanos é curiosa: se perderem para a Argentina podem até ficar de fora do Mundial numa combinação de resultados; se vencerem, podem ser campeões. E o jogo do Brasil será depois, ou seja, poderemos entrar em campo com a vaga assegurada.
Poucas surpresas
Nem só de Libertadores da América viveu a noite do futebol na quarta-feira. A Copa do Brasil, com seu novo formato e regulamento, também deu as caras. E poucas foram as surpresas ocorridas – lembrando que, nesta fase e na próxima, teremos apenas um jogo, com o visitante jogando pelo empate para classificar-se. Assim, já estão na fase dois da competição o Corinthians (que passou apertado pela Caldense), a Ponte Preta e o Coritiba (que se valeu da vantagem do empate para eliminar o Vitória da Conquista. As zebras foram as vitórias do Murici (AL) sobre o Juventude e do Altos (PI) sobre o CRB. De resto…
