Na coluna passada, ao falar das semifinais da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca, avaliei que o clássico entre Flamengo e Fluminense, valendo uma das vagas na final, seria no domingo.
Minha avaliação levava em conta que um Fla-Flu, um dos maiores clássicos do país, tem importância maior do que Vasco x Rezende (a outra semifinal), daí dever ocupar o dia nobre do futebol, o domingo.
Como existem regulamentos enlouquecidos, feitos por cartolas igualmente sem noção, fui avaliar a situação. A soma de pontos das partidas é a mesma.
O número de vitórias dos times envolvidos, também. No saldo de gols, há superioridade do Fla-Flu.
Logo…
Bem, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro marcou o Fla-Flu para sábado. Isso mesmo. Usando sabe-se lá que critério, o Fla-Flu será no sábado, às 18h30 (até agora).
As más línguas garantem que a decisão foi imposta pela televisão, que deseja vender o tal pay per view.
Se for verdade, outro grave erro. No domingo, vai ser difícil convencer o torcedor (que não o vascaíno, que fique claro) a ver a transmissão do jogo programado.
Algumas questões têm respostas óbvias. O Fla-Flu terá o Maracanã lotado, sem dúvida alguma – a Nação tem levado 50 mil pessoas ao estádio para jogos sem importância e com rivais de menor expressão.
A partida do Vasco terá o Maracanã vazio – de início, o jogo não pode ser em São Januário por conta da falta de estrutura para o uso do VAR (o árbitro de vídeo).
O torcedor, mais uma vez, é desrespeitado.
O Fla-Flu será no sábado.
Quem errou? O colunista ou os cartolas?
Inversão
Há pouco mais de uma semana, o argentino Sampaoli era um gênio.
Seu Santos dera um vareio de bola no São Paulo. Com 100% de aproveitamento até a rodada do meio de semana, não faltavam elogios para o tatuado treinador da equipe da Vila Belmiro. Era, como dizia-se antigamente, bestial.
Aí, veio a partida de domingo, contra o Ituano. O primeiro tempo terminou 4 a 1 para o time do interior paulista. O Ituano triturava o Santos que, perdido, não sabia o que fazer.
Aparentemente nem o treinador – o mesmo que há uma semana era incensado. A partida terminou 5 a 1.
Sampaoli, de bestial, passou a ser uma besta. É assim que funciona a máquina moedora do futebol.