Certamente remoendo o erro de ter abandonado tão cedo a luta pelo título brasileiro, o Grêmio entra em campo esta noite, no seu Olímpico lotado, para praticamente cumprir tabela.
E o que o colunista escreve é um erro que, espero, não será repetido pelo tricolor gaúcho: por mais que a vantagem obtida em Guayaquil seja tranquilizadora, o time de Renato Portaluppi precisa entrar em campo ligado, sem permitir que o Barcelona saia em vantagem, o que poderia dar um gás inesperado ao time equatoriano e complicar a guerra. Se o Grêmio tivesse acreditado nas palavras de seu treinador, estaria, hoje, não apenas às portas do título continental como poderia, sem favor, estar lutando ponto a ponto pelo título do Brasileiro da Série A – por isso falo em arrependimento pelo abandono do Brasileirão.
O Grêmio tem time e elenco para brigar em duas frentes. Algumas decisões de utilização de time alternativo durante a competição foram equivocadas. E o tricolor gaúcho pagou por isso, afastando-se demais do Corinthians (e também de Santos e Palmeiras).
Resta, agora, a Libertadores. E sabendo qual argentino será o rival se chegar à decisão.
Clássico
Se uma das vagas da final da Libertadores pode ser brasileira, hoje, um dos lugares na semifinal da Sul-Americana certamente será do Brasil.
Afinal de contas, Flamengo e Fluminense realizam, esta noite, no Maracanã, a partida de volta do clássico carioca que classifica um time para as semifinais.
A vantagem do rubro-negro, apesar de pequena, existe.
Como venceu “fora de casa”, um empate é suficiente. E, psicologicamente falando, o time de Rueda está bem mais forte do que o de Abel Braga – que, inclusive, parece passar por problemas de relacionamento no elenco.
Se o tricolor gaúcho, como citado acima, abandonou cedo a briga pelo Brasileiro, o tricolor carioca ainda sofre – e muito.
Há risco, sim, de queda. E optar por uma das duas competições, neste momento, parece ser o mais coerente.
Só que o mesmo Fluminense, em 2009, arrancou para uma recuperação dita impossível enquanto chegava à final da própria Sul-Americana – que perdeu.
O clássico carioca define um dos semifinalistas. Espera-se que o Sport, apesar de todas as dificuldades, consiga superar o Junior de Barranquilla, amanhã, garantindo assim uma semifinal brasileira e uma vaga nossa na decisão.
Vai ou não vai?
O Palmeiras jogou com raça, com disposição, com amor à camisa.
Só que o empate diante do Cruzeiro acabou causando frustração à torcida.
Não pelo resultado, mas por ter o Porco perdido a chance de continuar dependendo apenas de si para ser bicampeão nacional.
A diferença de cinco pontos para o Corinthians não garante nada ao Timão, mas dá pelo menos uma rodada de folga para um time que chegou a ter 12 pontos de vantagem sobre o vice-líder (a diferença para o Palmeiras chegou a 17 pontos).
O clássico de domingo, no Itaquerão, promete ser sensacional.
E se o Palmeiras jogar com a disposição exibida na noite de segunda-feira, diante da Raposa, talvez tenhamos o melhor jogo do Brasileiro deste ano.
Resta saber se o Corinthians conseguirá administrar seus nervos com a pressão que vem sofrendo.
Fim de ciclo?
Um encontro de colegas de colégio, domingo, proporcionou rever pais de amiguinhos de meus filhos que há tempos não encontrava.
Com a camisa do Real Madrid, um deles, espanhol, chegou triste. E informou que seu time perdera para o Girona (2 x 1), afastando-se ainda mais do Barcelona (o time merengue está com 20 pontos ganhos, o catalão com 28).
Chegara há pouco da Espanha e afirmou que o Real Madrid vai passar por um período de baixa. Hora de renovar a equipe.
E indicou que o Real Madrid deve ir atrás de Cavani, na janela de janeiro. A conferir.